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“Última chamada”. Companhias aéreas pedem alternativa a quarentena britânica

A British Airways e a easyJet uniram-se e pediram ao governo de Boris Johnson a criação de alternativas à quarentena, apresentando, por exemplo, testes ao novo coronavírus até ao fim do mês.
Reuters / John Sibley
10 Setembro 2020, 13h05

O Reino Unido tem obrigado os cidadãos que viajem para países não aprovados a fazer uma quarentena obrigatória de 14 dias, de forma preventiva face à Covid-19. Agora, algumas companhias aéreas uniram-se e estão a pedir alternativas à quarentena aplicada pelo governo britânico, avança a “Reuters”.

A British Airways e a easyJet uniram-se e pediram ao governo de Boris Johnson a criação de alternativas à quarentena, apresentando, por exemplo, testes ao novo coronavírus até ao fim do mês. De acordo com as duas companhias aéreas, esta pode ser a “última chamada” para a salvação das empresas que têm realizado despedimentos.

Vários ministros britânicos disseram que estão a tentar introduzir testes obrigatórios para reduzir a regra de quarentena às chegadas ao Reino Unido provenientes de países com elevadas taxas de infeção. Assim, o governo britânico quer introduzir a mesma solução que os Governos Regionais dos Açores e Madeira introduziram a todos os visitantes, com os testes gratuitos.

Numa carta ao primeiro-ministro Boris Johnson, a Airlines UK, representante das principais companhias aéreas, apelou a “à implementação de uma política de testagem antes do fim de setembro”. “Os riscos não poderiam ser maiores. Caso contrário, podemos sofrer uma ruína económica”, disse a Airlines UK na carta para Johnson, citada pela “Reuters”.

A British Airways voltou a alertar que a procura por viagens de e para o Reino Unido enfraqueceu fortemente devido às regras da quarentena, sendo que a esperança de uma rápida recuperação se começou a dissipar. De março a julho, todas as companhias aéreas viram as suas frotas paralisadas.

As companhias aéreas com base no Reino Unido já anunciaram o despedimento de 30 mil funcionários, ameaçando que se podem seguir mais despedimentos no inverno, quando a procura pelo setor da aviação é menor.

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