Se quando abriu, há cerca de um ano, Leopoldo Calhou fazia questão de dizer que o Chez Chouette, em Alvalade, não era um restaurante, hoje é disso que se aproxima. A ideia original de uma garrafeira e mercearia onde também se podia comer e beber acabou por não conquistar o bairro em pleno. Em vez de fechar, nem que fosse momentaneamente, o chef entregou a casa a sangue novo: António Lobo Xavier na cozinha e Martim Moreira na sala, ambos de 24 anos.
O espaço mantém-se igual, tal como a influência francesa que dá origem ao nome. Tudo o resto levou uma volta, também para tentar chamar para ali um público mais jovem, à semelhança do novo chef, que apesar da idade soma já um currículo considerável. Pressionado pela família, António ainda chegou a seguir Direito, mas a cozinha já começava a chamar por si. De cozinhar em casa para a casa de amigos foi um salto – e a palavra foi-se espalhando.
“Comecei a fazer dinheiro com isso e lancei uma página de catering no Instagram e ia cozinhar a casa das pessoas, sem formação nenhuma”, diz. “Olhando para trás, foi uma irresponsabilidade total”, ri-se. A primeira experiência num restaurante surgiria logo a seguir, quando António decidiu pedir um estágio a João Diogo Formiga, hoje no estrelado Encanto, de José Avillez, na altura no Bocca, no Porto. “Aí apaixonei-me instantaneamente e desisti do catering”, lembra. “Depois fui para o Flow, que é um restaurante muito grande no Porto. Servíamos à volta de 200 jantares quase todos os dias. E surgiu a oportunidade de ir para o Belcanto e de continuar a trabalhar no Belcanto. Mas, a pedido dos pais, havia a necessidade de fazer uma licenciatura e então decido ir para Londres fazer o Cordon Bleu e foi espetacular.”
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