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Um casal entra no seu restaurante preferido e…

O mesmo restaurante, dois momentos distintos. Uma relação amorosa que ganha forma e explode paixão. Os mesmos protagonistas já baços, saturados de rotinas e mal-entendidos. À mesa destila-se o que os uniu e se desfez. Canta-se “Dueto Duelo”, de Ricardo Vaz Trindade.
28 Junho 2025, 09h00

Raymond Carver habitará numa gaveta do sótão mental de muita gente. Por uma razão, pelo menos. Escreveu um punhado de contos imortalizados sob o título “De que falamos quando falamos de amor”. De título a frase lapidar, a verdade é que ganha muitas vezes vida própria sempre que é usurpado para questionarmos aquilo que não tem resposta fácil. O amor. O tal livro, provavelmente, será sempre atual. E, ao contrário de muitas relações, esses contos de Carver terminam sempre no momento certo. Sem palavras a mais ou a menos.

Mas, afinal, de que falamos quando falamos de amor? De um musical. Dueto Duelo. Foi assim que o encenador, e também ator, Ricardo Vaz Trindade verbalizou a sua vontade a Eduardo Brito, “amigo e companheiro de projetos há muitos anos”. Ponto de partida? Um casal em processo de divórcio.

Um jantar marcou o início de muitas conversas sobre o algodão dos dias desse casal. Umas vezes algodão doce, outras com travo amargo. “Traçámos algumas possibilidades de narrativa, mas a grande certeza que tivemos foi a de que o projeto precisava de uma voz feminina na escrita. Nessa altura eu já tinha a ideia muito clara de que a peça tinha de ser escrupulosamente simétrica, para evitar qualquer tipo de apologia de género”, afirma o encenador.

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