Raymond Carver habitará numa gaveta do sótão mental de muita gente. Por uma razão, pelo menos. Escreveu um punhado de contos imortalizados sob o título “De que falamos quando falamos de amor”. De título a frase lapidar, a verdade é que ganha muitas vezes vida própria sempre que é usurpado para questionarmos aquilo que não tem resposta fácil. O amor. O tal livro, provavelmente, será sempre atual. E, ao contrário de muitas relações, esses contos de Carver terminam sempre no momento certo. Sem palavras a mais ou a menos.
Mas, afinal, de que falamos quando falamos de amor? De um musical. Dueto Duelo. Foi assim que o encenador, e também ator, Ricardo Vaz Trindade verbalizou a sua vontade a Eduardo Brito, “amigo e companheiro de projetos há muitos anos”. Ponto de partida? Um casal em processo de divórcio.
Um jantar marcou o início de muitas conversas sobre o algodão dos dias desse casal. Umas vezes algodão doce, outras com travo amargo. “Traçámos algumas possibilidades de narrativa, mas a grande certeza que tivemos foi a de que o projeto precisava de uma voz feminina na escrita. Nessa altura eu já tinha a ideia muito clara de que a peça tinha de ser escrupulosamente simétrica, para evitar qualquer tipo de apologia de género”, afirma o encenador.
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