O setor do alojamento turístico manteve fortes quebras em relação ao ano passado no mês de julho, registando um milhão de hóspedes e 2,6 milhões de dormidas (variações negativas homólogas de 64% e 68%, respetivamente). Segundo a estimativa rápida divulgada nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. 27,6% dos estabelecimentos de alojamento turístico (ligeiramente mais do que um em cada quatro) terão estado encerrados ou não obtiveram nenhum hóspede nesse mês, tradicionalmente um dos mais fortes do ano, o que ainda assim mostrou uma evolução positiva em relação aos 46,3% de estabelecimentos sem faturação em junho.
Para o impacto da pandemia de Covid-19 não ser ainda maior contribuíram as dormidas de residentes, que diminuíram 31,3% em relação a julho de 2019 (quando em junho a variação negativa homóloga encontrava-se em 59,7%), num total de 1,7 milhões. Pelo contrário, as dormidas de não residentes quebraram 84,2% (após 96,2% no mês anterior), não passando de 906 mil.
Os hóspedes residentes foram 719.300 (menos 32,7%) e os não residentes apenas 305.800 (menos 82,8%), estando ambos os indicadores a recuperar em relação ao mês anterior.
Entre as regiões menos afetadas pela pandemia destacou-se o Alentejo (menos 25,8% dormidas do que em julho de 2019), seguindo-se o Centro (menos 49,5%), enquanto a Área Metropolitana de Lisboa desceu 82,5%, numa quebra apenas superada pelas regiões autónomas dos Açores (84,6%) e da Madeira (86,8%).
O Algarve teve 1.026.100 dormidas em julho, menos 65,7% do que no mês homólogo, sobretudo devido à ausência de turistas não residentes. Foram apenas 389.200 as dormidas destes (menos 81,8%), enquanto os turistas residentes em Portugal asseguraram 636.900 (menos 25,3%).
As maiores quebras no número de dormidas por mercado emissor verificaram-se na China (menos 95,5%), Canadá (95,5%) e Estados Unidos (95,3%), mas ainda maior prejuízo para o setor decorreu da queda de 92,2% entre os turistas do Reino Unido, de 90,9% entre os brasileiros e de 92,7% entre os irlandeses. Recorde-se que Portugal só foi incluído nos corredores aéreos britânicos que dispensam quarentena na viagem de regresso nos últimos dias de agosto.
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