José Theotónio defende que o sector do turismo deve criar uma maior ligação com a tecnologia para que possa crescer e ser ainda mais competitivo a nível internacional.
O CEO do Grupo Pestana abordou também a questão dos apoios do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para o turismo durante o debate ‘desafios e oportunidades para as empresas’, no Fórum Portugal 2030, promovido pelo Jornal Económico e o Novobanco que decorre esta terça-feira, 14 de fevereiro, no Museu Oriente, em Lisboa.
“Uma das grandes dificuldades do sector do turismo é não ter que depender daquilo que são as gigantes tecnológicas. No turismo português aquele que não tem dimensão, que não tem escala e que no fundo, não consegue criar canais próprios para poder comercializar, fica com relações de dependência em relação a essas plataformas”, referiu.
O também presidente da Assembleia Geral da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), considera por isso, que é necessário fazer crescer as empresas para elas que possam ter a tal escala e trabalhar com essas plataformas tecnológicas que são muito importantes para o sector.
Sobre o acesso do turismo aos fundos do PRR, o líder do Grupo Pestana destacou que o sector estava excluído do PRR. “Depois de algumas conversações a CTP conseguiu uma agenda mobilizadora para aquele que é talvez o sector mais importante da economia portuguesa. Essa agenda foi aprovada em setembro, mas ainda não foi assinada”, salientou.
Para o responsável da CTP a grande questão é conseguir ter os regulamentos aprovados em 2030, realçando que hoje há em dia existem outros factores muito importantes e que também coincidem com os fundos comunitários, como por exemplo, a eficiência energética.
“Alguns edifícios estão velhos e não têm essa capacidade energética. A questão da água para a parte da hotelaria e nos campos de golfe onde ela é fundamental, através do tratamento de águas residuais e a dessalinização é também fundamental”, sublinhou.
José Theotónio deu também nota para a resiliência que o sector do turismo tem demonstrado, principalmente durante o período da pandemia. “Temos a vantagem de ser um sector que é competitivo por características naturais, quer pela pessoas, quer pelo país eque depois nos permite ser competitivos a nível internacional”, afirmou.
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