A atenção do mundo está cada vez mais centrada nos grandes desafios ambientais que o planeta enfrenta – alterações climáticas, perda de biodiversidade, poluição, acidificação do oceano e subida do nível do mar, para citar apenas alguns. Estou convencido que estas questões, e a forma como lhes damos resposta, irão dominar a agenda internacional nos próximos anos e décadas.

A comunidade internacional precisa de agir com urgência. Em 2020 teremos a Conferência da ONU sobre os Oceanos em Lisboa; a COP26 sobre Alterações Climáticas em Glasgow, na Escócia;  e a COP15 sobre Biodiversidade em Kunming, na China. É difícil exagerar a importância dessas oportunidades para chegarmos a acordo sobre o que será necessário fazer para assegurar que os danos para o nosso planeta se limitem a níveis possíveis de gerir, e que sejam reversíveis.

Mas isto implica também uma enorme responsabilidade para cada um de nós, como pessoas e organizações, de vivermos e trabalharmos de uma forma mais sustentável. A cidade de Lisboa – enquanto Capital Verde Europeia 2020 – está a abraçar essa responsabilidade. Eu e os meus colaboradores na Embaixada Britânica estamos determinados a dar o nosso contributo para este objetivo, e tenho orgulho no facto de termos vindo a desenvolver uma série de iniciativas verdes ambiciosas ao longo do último ano:

  • eliminação dos plásticos descartáveis e reciclagem;
  • esforço por tornar os nossos eventos mais ecológicos; painéis solares para aquecer a água; uma horta e compostagem na minha Residência oficial;
  • plano de energia verde da EDP aplicado na Embaixada e na Residência;
  • substituição iminente do meu carro oficial por um veículo elétrico (arrisco dizer que seremos provavelmente a primeira Embaixada em Lisboa a fazê-lo);
  • pontos de carregamento a instalar proximamente na Embaixada para incentivar a equipa a vir para o trabalho em veículos eléctricos (VE)/plug-ins (ou melhor ainda, de bicicleta!);
  • política de flexibilidade laboral para que os nossos funcionários possam trabalhar a partir de casa pelo menos um dia por semana, reduzindo a poluição do ar causada pelos automóveis;
  • sustentabilidade das ementas: iremos assegurar que os alimentos que servimos nas refeições na minha Residência oficial sejam cada vez mais de fontes sustentáveis;
  • organização de uma série de conferências e apresentações com o objetivo de aprofundar o nosso conhecimento e consciencialização sobre os desafios ambientais e as ações que podemos desenvolver para mitigar os impactos negativos.

Ao olharmos para 2020, é muito bom ver o Reino Unido e Portugal a desempenharem o seu papel para assegurar que iremos enfrentar estes desafios e que esta será uma das muitas áreas de colaboração cada vez mais estreita entre os nossos dois países. Continuaremos a lançar novas iniciativas ecológicas ao longo dos próximos meses e anos. Cada um de nós pode fazer sempre muito mais se queremos garantir que o planeta que deixamos aos nossos filhos e netos é mais sustentável do que o planeta que herdámos dos nossos pais e avós.