A pressão para melhorar a eficiência operacional, aumentar o crescimento, proteger a margem, desenvolver novos produtos e serviços, estar atento à concorrência, conhecer melhor os seus clientes, entre outros, são exemplos de fatores aos quais as empresas em mercados competitivos estão “agressivamente” expostas.

Não há precedentes para o ritmo constante de mudança que está a ocorrer em todos os setores. A automatização, robotização, inteligência artificial e outras tecnologias levam a uma crescente digitalização do negócio trazendo muitas vezes disrupção nos respetivos modelos de negócios e nas propostas de valor das próprias empresas. Estas forças levam as organizações a serem mais ágeis, mais centradas no cliente, mais responsivas, mais digitais e transparentes em relação aos stakeholders e ao mercado em geral.

Essa estrutura desafia o statu quo e impulsiona mudanças na capacidade analítica das organizações para aproveitar ao máximo um dos seus principais ativos – os dados – para uma melhor compreensão do contexto e um processo de tomada de decisão mais ágil e consistente. Num estudo levado a cabo pela EY em conjunto com a Forbes, através de um questionário a 1.518 executivos, mostra que 70% das empresas top-performers utilizam análises avançadas para reformular negócios, estratégias e repensar a forma como se posicionam nos mercados onde competem.

Os dados povoam todas as organizações e estão contidos nas várias áreas funcionais. A título de exemplo o marketing terá dados sobre a evolução das vendas, os principais clientes, os produtos ou serviços mais vendidos, o comportamento da concorrência e a evolução dos gostos do mercado. A manutenção terá informação sobre a vida útil de cada equipamento, as intervenções de manutenção e respetivas tipologias (preventivas, corretivas, etc.). A produção conhecerá qual o respetivo planeamento, taxas de ocupação de equipamento, eficiência e eficácia (habitualmente medidas via OEE).

Novamente o estudo EY-Forbes demonstra que 75% dos líderes, nas suas respetivas áreas de negócio, conseguem medir com precisão o valor, validade e impacto dos seus investimentos com base em análises avançadas prévias. Devidamente trabalhados, estes dados contêm informação de elevado potencial e valor acrescentado para as suas organizações.

Eles permitirão às organizações mudar o paradigma de gestão habitual – de gestão das atividades correntes e de resolução de problemas passados (correndo para apagar um ou outro ‘fogo’ mais ou menos urgente e mais ou menos recorrente) para um outro paradigma: o da gestão por antecipação dos principais vetores de negócio, antecipação de tendências de mercado, antecipação de quebras de equipamento, modelos de otimização de inventários, antecipação de problemas de working capital, cenarização de alternativas de planeamento.

Neste ambiente quotidiano de constante mudança os ganhos em agilidade, eficiência e qualidade de serviço, têm facilitado a entrada de tecnologias como a robotização/automatização de processos, cloud, machine learning e inteligência artificial nas empresas portuguesas. A democratização, agilidade e valores associados a estas tecnologias abrem novos horizontes às empresas para melhorar o grau de preparação para competir, independentemente da respetivas escalas, a nível internacional.

O mercado já dá mostras de que as empresas que não aderirem à nova onda do advanced analytics ficarão rapidamente atrás daquelas que o incorporarem na sua cultura, no seu ADN e nos seus processos diários de decisão. O futuro é hoje!