Num momento em que a pandemia de Covid-19 continua a ser um problema em todo o mundo, os governos lutam contra desafios novos e indissociáveis: o impacto da Covid-19 na saúde e o impacto económico causado pelas medidas tomadas para evitar a propagação do vírus.

Ao mesmo tempo, questões já bem conhecidas como o combate às alterações climáticas, a redução das desigualdades e o reforço da nossa prosperidade, persistem. Esta crise global mostra inequivocamente como o mundo está interligado.  As decisões que cada país tomar hoje poderão estabelecer as bases para uma recuperação sólida, sustentável e inclusiva desta crise, ou contribuir para que as emissões poluentes perdurem durante décadas. Precisamos de uma recuperação económica verde que assegure um futuro mais resiliente para as próximas gerações.

Desde março, o Governo Britânico tem vindo a tomar mais medidas concretas com vista a um futuro sustentável, anunciando apoios no valor de três mil milhões de libras para ajudar a tornar as casas e os edifícios públicos mais eficientes em termos energéticos.  Esta política vai gerar 140 mil empregos “verdes” na área da construção civil, melhorar a eficiência energética de 650 mil casas (poupando até 300 libras por ano) e reduzir as emissões de carbono em mais de 500 mil toneladas por ano – o equivalente a tirar da estrada 270 mil carros.

O Reino Unido também está a promover transportes mais limpos, investindo dois mil milhões de libras para criar uma nova era para o ciclismo e caminhada, encomendando mais de quatro mil novos autocarros sem emissões e investindo 500 milhões de libras em novas infraestruturas para veículos elétricos. Estamos também a trabalhar para maximizar o potencial dos nossos sistemas financeiros a fim de promover o crescimento, criar empregos “verdes” e financiar projetos essenciais.

Portugal tem seguido um caminho semelhante, sendo um dos primeiros países a comprometer-se com a neutralidade carbónica até 2050.  O ministro do Ambiente afirmou que a melhor estratégia para relançar a atividade económica é através da implementação das metas ambientais de Portugal.

O plano de recuperação económica recentemente apresentado por António Costa Silva centra-se na ajuda às empresas para superar a crise actual, e na preparação de um modelo económico mais sustentável para o futuro. O plano vai também ajudar na transição para uma economia digital e de baixo carbono, nomeadamente através do estímulo à utilização de hidrogénio verde e outras fontes de energia renováveis, da melhoria da rede ferroviária, da eletrificação de veículos, de uma estratégia industrial mais limpa e da promoção de uma economia azul sustentável.

Devemos continuar a trabalhar juntos nestas medidas positivas. O Reino Unido vai fazê-lo usando o Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU como princípios orientadores de uma recuperação verde até à próxima Conferência da ONU sobre as Alterações Climáticas, a COP26, que terá lugar em novembro de 2021 em Glasgow.