União Europeia muito desconfortável com negociações Trump-Putin

A acreditar nas declarações de Donald Trump e nos comentários saídos da casa Branca nas últimas 48 horas, o presidente dos Estados Unidos conta iniciar conversações com o seu homólogo russo Vladimir Putin para decidir o futuro da Ucrânia – mas não convidará para essas negociações nem o presidente ucraniano, nem qualquer país da União Europeia ou mesmo da Europa.

A negociação a dois está a ser encarada como uma arbitrariedade intolerável, não só para a Ucrânia, mas também para a Europa como parte interessada. O desconforto é de tal ordem que Trump acabou por enviar para a Europa o secretário norte-americano da Defesa, o antigo comentador da FoxNews Pete Hegseth.

O secretário de Estado procurou esclarecer que o seu país está empenhado na paz e enfatizou o rápido impulso dado por Donald Trump às conversações de paz sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Hegseth viu-se obrigado a afirmar que “não é uma traição” a Kiev por parte de um dos seus mais importantes aliados. “Há um reconhecimento de que o mundo inteiro e os EUA estão empenhados na paz, numa paz negociada”, disse durante uma reunião dos ministros da Defesa da NATO em Bruxelas, esta quinta-feira.

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