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União Europeia vai continuar a limitar a exportação de vacinas até ao final do primeiro semestre

A medida, que pode ser anunciada ainda hoje, acontece depois de a UE ter bloqueado uma remessa de vacinas para a Austrália na semana passada, no seu primeiro uso formal do mecanismo, que foi criado no final de janeiro como uma reação aos atrasos na entrega anunciados pelos fabricantes de vacinas contra a Covid-19.
11 Março 2021, 12h49

A Comissão Europeia decidiu estender o a autorização de exportação de vacinas contra a Covid-19 até o final de junho, disse um funcionário da União Europeia (UE) consultado pela “Reuters”, esta quinta-feira, dia 11 de março.  O anúncio poderá causar desconforto em países que dependem das vacinas produzidas na UE.

A medida, que pode ser anunciada ainda hoje, acontece depois de a UE ter bloqueado uma remessa de vacinas para a Austrália na semana passada, no seu primeiro uso formal do mecanismo, que foi criado no final de janeiro como uma reação aos atrasos na entrega anunciados pelos fabricantes de vacinas contra a Covid-19.

A medida que está prevista expirar no final deste mês, deverá ser estendida até ao final de junho, depois de a Comissão Europeia obter luz verde dos governos da UE, segundo um funcionário da UE diretamente envolvido no processo.

Medida Polémica

A medida da União Europeia não foi encarada com leveza pelos países que não fazem parte do bloco, com o Reino Unido na linha da frente do coro de críticas. O governo de Boris Johnson refutou as acusações da UE de que estaria a proibir as fabricantes de vacinas de enviar doses para outros países, afirmação contrariada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que, por sua vez, acusa o Reino Unido de impor uma “proibição total” às exportações de vacinas.

A verdade é que Itália bloqueou o embarque da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 que tinha como destino a Austrália, na primeira intervenção, desde que a União Europeia (UE) introduziu as novas regras que regem o embarque de vacinas para fora do bloco europeu, segundo o “Finantial Times”.

Ainda assim, é factual que os EUA e o Reino Unido também têm meios para restringir as exportações de vacinas, apesar de não existirem dados concretos de quantos ou quando é que estes meios foram utilizados.

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