[weglot_switcher]

Unidade de contraterrorismo britânica investiga morte de deputado conservador

O chefe da polícia de Essex, Ben-Julian Harrington, disse que ainda não se sabe se o esfaqueamento foi um ataque terrorista e que “a investigação está na sua fase inicial”.
  • 6 – Reino Unido
15 Outubro 2021, 21h51

A unidade de contraterrorismo do Reino Unido está a investigar a morte do deputado conservador David Amess num ataque com uma faca em Leigh-on-Sea, mas ainda não determinou ter sido ataque terrorista, revelou esta sexta-feira a polícia.

O chefe da polícia de Essex, Ben-Julian Harrington, disse que ainda não se sabe se o esfaqueamento foi um ataque terrorista e que “a investigação está na sua fase inicial”.

O deputado conservador David Amess morreu hoje, dia 15 de outubro, na sequência de um ataque com uma faca em Leigh-on-Sea, confirmou a Polícia do condado de Essex, no sudeste de Inglaterra.

Num comunicado, a polícia de Essex disse ter sido chamada pouco depois das 12h05 de hoje.

“Encontrámos um homem ferido. Ele foi assistido pelos serviços de emergência, mas, infelizmente, morreu no local”, indicou.

Segundo a forca policial, “um homem de 25 anos foi rapidamente preso, pouco depois de os policias terem chegado ao local, sob suspeita de homicídio, e uma faca foi recuperada”.

O homem encontra-se detido, tendo a polícia acrescentado que não pensa existirem mais pessoas envolvidas no ataque.

O incidente aconteceu durante audiências com eleitores na Igreja Metodista de Belfairs, em Leigh-on-Sea.

Estas audiências são realizadas regularmente por todos deputados britânicos para conhecer problemas que os cidadãos queiram apresentar, sendo abertas a qualquer pessoa.

David Amess, de 69 anos, casado e pai de cinco filhos, representava a circunscrição de Southend West no condado de Essex.

Era deputado desde 1983, católico, opositor ao aborto e defensor dos direitos dos animais, tendo também feito campanha pelo ‘Brexit’.

Em 2016, a deputada do Partido Trabalhista Jo Cox foi assassinada por um militante de extrema-direita uma semana antes do referendo que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia.

Dois outros deputados, o Liberal Democrata Nigel Jones, em 2000, e o trabalhista Stephen Timms, em 2010, foram vítimas de ataques com facas, tendo ambos sobrevivido, embora um assessor de Jones tenha morrido ao tentar protegê-lo.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.