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UNIO conecta empresas de Viseu ao continente africano

As empresas de Viseu, as senegalesas e outras do continente africano inscritas na APP UNIO partilham os seus dados, área de negócios, serviços e necessidades, contactando “automaticamente com aquelas que estejam a disponibilizar serviços semelhantes ou a precisar de vagas de trabalho”, explica a Câmara Municipal de Viseu.
  • Viseu
15 Maio 2021, 11h04

UNIO é a APP de “matchmaking empresarial” que está a conectar as empresas de Viseu com as suas homólogas do Senegal, ou de outros países de África, diz a Câmara Municipal de Viseu (CMV). A iniciativa foi revelada pela Embaixada de Portugal no Senegal e “visa juntar vontades e facilitar negócios, encontrar empregos e aproximar pessoas”, refere a CMV, explicando que esta APP já tinha sido anunciada por Vítor Sereno, embaixador de Portugal em Dacar, no workshop “Coesão territorial, recuperação da atividade económica e atração de investimento”, realizado em novembro passado no âmbito do “Fórum Viseu 2030 – 99 Ideias para o Futuro”, um movimento de reflexão e debate cívico promovido pelo Município de Viseu.

Conta a CMV que Vítor Sereno tinha sido o convidado especial da sessão dedicada à área económica, tendo tido a oportunidade de debater com vários empresários e personalidades viseenses, como José Couto, Presidente do CEC e da Vissaium 21, João Cotta, da AIRV, João Mira Santiago, da BizDirect, Carlos Alegria, da Central de Biomassa de Viseu, Gonçalo Costa Andrade, da Softinsa/IBM, Bruno Andrade, da CUF, Rui Gidro, da Delloite, entre outros. “A APP UNIO foi então apresentada ao auditório de Viseu e, nesse momento, lançado o desafio às empresas viseenses para potenciarem a relação entre a região e o Senegal por via desta ferramenta”, refere Eduardo Pamplona, adjunto do presidente da CMV.

Para participarem, “as empresas viseenses, senegalesas e outras devem inscrever-se na APP e inserir os seus dados (contactos, área de negócios, etc.), serviços e necessidades”, adianta a autarquia de Viseu, explicando que, desta forma, “passam a ter automaticamente contacto com aquelas que estejam a disponibilizar serviços semelhantes ou a precisar de vagas de trabalho”. Caso exista um “match” entre empresas, “os responsáveis podem depois, através de uma sala de chat conversar, trocar contactos e experiências e a partir daí potenciar parcerias e negócios”, adianta a CMV.

“Trata-se de uma ponte digital entre Portugal e o Senegal e os outros países da África Ocidental”, considera a autarquia. “A aplicação será apresentada às empresas através da base de dados da Aicep, que será um parceiro de divulgação”, refere a CMV, adiantando que “a Câmara de Comércio Portugal-Senegal será uma peça fundamental no terreno”.

O embaixador Vítor Sereno “espera contar com centenas de inscrições nas próximas semanas”, admite a CMV, referindo que “a UNIO (https://unioapp.pt/) contará também com uma Bolsa de Emprego Lusófona, que vai permitir a apresentação de candidaturas de emprego a empresas nacionais ou senegalesas que dominem o português”. “O diplomata renova agora o desafio às empresas viseenses e convida-as a inscreverem-se na UNIO”, diz a autarquia de Viseu.

“O Viseu 2030 assume-se como uma bússola do futuro local e visa debater e identificar as prioridades dos viseenses para a cidade, o concelho, para a sua região no horizonte da próxima década”, explicava António Almeida Henriques, antigo Presidente do Município de Viseu na altura do lançamento da iniciativa.

O Viseu 2030 tem quatro grandes objetivos, segundo a CMV, designadamente, “promover a participação cívica da comunidade no planeamento estratégico de Viseu; debater um novo ciclo de políticas públicas locais, regionais e nacionais de promoção da qualidade de vida para todos; definir propostas e ideias relevantes para apresentação no Portugal 2030; e projetar e reinterpretar o papel de Viseu enquanto cidade-região, nos planos económico, social, ambiental e cultural”.

Refira-se que Vítor Sereno, natural de Coimbra, tem uma carreira internacional de relevo, tendo representado Portugal em inúmeros países. Foi professor em diferentes instituições de Ensino Superior e viu a sua experiência reconhecida com diversas distinções a nível nacional e internacional. Em 2013, foi considerado “Personalidade do Ano” pela Associação de Jovens Empresários Portugal-China”, e em 2019 ganhou o Prémio “Francisco de Melo Torres”, atribuído pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) para o diplomata económico do ano. Tem a Grande Cruz da Ordem do Mérito atribuída pelo Presidente da República, quatro louvores governamentais, o “Título Honorífico de Prestígio” atribuído pelo Governo de Macau e é comendador da República Federal da Alemanha.

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