Universidade Católica: vem aí a primeira licenciatura em Neurociências do país

No âmbito da Semana Internacional do Cérebro, que decorre até 16 março, a Universidade Católica anuncia hoje o lançamento da primeira licenciatura em Neurociências no país. É totalmente lecionada em inglês,

O curso, cuja designação completa é: Neurociências de Sistemas e Cognição (Systems and Cognitive Neuroscience), junta a Faculdade de Ciências da Saúde e a Faculdade de Medicina da Universidade e quer posicionar Portugal na vanguarda da educação em Neurociências.

Inspirado nos melhores programas internacionais, é pioneiro ao integrar, num primeiro ciclo, uma “sólida formação” em Neurociências biológicas e cognitivas, com um “forte enfoque” em Ciência de Dados e Neurociência Computacional, duas das áreas de maior crescimento no sector.

A essas áreas apontam algumas das saídas profissionais: a aplicação de Inteligência Artificial e Aprendizagem Automática a áreas como Saúde, Economia, Marketing ou análise de dados, o desenvolvimento de interfaces cérebro-máquina, o estudo do biofeedback e de tecnologias inovadoras para melhorar a qualidade de vida e a saúde mental. Outras possibilidades passam pela investigação e desenvolvimento de fármacos e terapias para tratar doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson, ou mesmo problemas de saúde mental como depressão e esquizofrenia.

Também se apresenta como o “curso certo” para quem quiser fazer investigação sobre envelhecimento ou o estudo da perceção, da cognição e das emoções.

A Católica promete uma “formação robusta”, assente nos conhecimentos fundamentais, complementados com “competências analíticas sólidas”. A título de exemplo, disciplinas como Biologia Celular e Genética e Neurociências da Perceção e da Ação revelam a estrutura e funcionamento do sistema nervoso, permitindo compreender desde os mecanismos celulares até aos processos sensoriais e cognitivos. Por outro lado, Neurociência Computacional e Aquisição de Sinais e Imagiologia do Sistema Nervoso permitem a análise e modelação de dados de neurónios e sistemas diversos. Já Neurociências Sociais e Afetivas e Evolução, Biologia e Comportamento exploram como o cérebro e o comportamento são influenciados pelos processos sociais e como as adaptações comportamentais são a chave da sobrevivência. Por fim, unidades curriculares optativas complementam esta base e cobrem temas que vão da Espiritualidade ao Direito, passando pela Economia e teorias de tomada de decisão.

“Através desta formação interdisciplinar, os estudantes terão a oportunidade de explorar a ligação entre a realidade biológica do cérebro e a sua análise e tradução computacional”, destaca a Católica, podendo assim, salienta: “analisar grandes volumes de dados, aplicar algoritmos para compreender melhor o funcionamento do cérebro e desenvolver pensamento analítico e crítico essencial para a investigação científica”.