As universidades tem autonomia para decidir se fecham portas durante os próximos tempos, disse hoje o primeiro-ministro, depois de ter anunciado o encerramento das escolas durante 15 dias a partir de amanhã.
“No caso do ensino superior, e no âmbito da autonomia universitária, serem adotadas as devidas medidas sendo que alguns dos estabelecimentos estão neste momento em atividades de avaliação e poderão ter de reajustar esse calendário”, afirmou António Costa em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros.
A decisão hoje anunciada abrange “desde as creches aos ATL [Centros de Atividades de Tempos Livres], e a todos os graus de ensino”, à exceção dos estabelecimentos de ensino superior, acrescentou.
Portugal atingiu hoje novo recorde de vítimas mortais: 221 óbitos nas últimas 24 horas, um total de 9.686 em 10 meses de pandemia. Já o número de casos subiu 13.544 para 595.149, segundo os dados da DGS.
Na mesma conferência de imprensa, o primeiro-ministro anunciou o encerramento das escolas durante 15 dias a partir de amanhã, com a atividade letiva a ficar toda suspensa.
“Apesar de todo o esforço que as escolas fizeram para se preparar e funcionar de forma normal face a esta nova estirpe e a velocidade que ela comporta, manda o principio da precaução que procedamos a interrupção de todas as atividades letivas durante os próximos 15 dias”, disse António Costa esta quinta-feira.
“A interrupção será devidamente compensada no calendário escolar da forma que o ministro da Educação ira ajustar com o conselho de diretores de escola de forma a compensar estes 15 dias que se irão perder de ensino presencial, com o alargamento do ensino presencial noutro período dedicado a férias”, acrescentou.
Na sua intervenção, António Costa voltou a reafirmar que as escolas “não são nem foram o principal foco de transmissão, nem são nem foram o principal local de transmissão”.
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