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Utentes à espera de consulta ou cirurgia há mais de um ano devem ser atendidos até final 2019

“Pretendemos garantir que todos os que têm prioridade normal a esperam há mais de 12 meses tenham consulta ou cirurgia realizada até final do ano”, afirmou a ministra da Saúde, numa audição parlamentar na Comissão de Saúde.
27 Março 2019, 11h01

O Governo vai tentar que os utentes que aguardam há mais de um ano por consulta ou cirurgia com prioridade normal nos hospitais sejam atendidos até final deste ano e, para isso, vai melhorar as indicações clínicas destes pedidos.

“Pretendemos garantir que todos os que têm prioridade normal a esperam há mais de 12 meses tenham consulta ou cirurgia realizada até final do ano”, afirmou a ministra da Saúde, numa audição parlamentar na Comissão de Saúde.

Respondendo às questões de vários deputados sobre a ultrapassagem dos Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG), a governante explicou ainda que o Governo definiu duas linhas de ação para dar resposta a estes casos (prioridade normal) em espera há mais de 12 meses: melhorar a referenciação com uma mais cuidada definição clínica e fazer reuniões mensais com cada hospital.

“Vamos dar prioridade aos pedidos de consulta dos cuidados primários para os hospitais que não foram concluídos para que estes doentes tenham a sua consulta ou cirurgia até final do ano”, afirmou Marta Temido, sublinhando que a melhor referenciação destes doentes vai incidir sobre os aspetos clínicos.

Marta Temido reconheceu que estas medidas não vão resolver o problema dos TMRG, mas sublinhou: “Não podemos continuar a ter problemas como os aqui relatados, que enfraquecem a credibilidade nos serviços públicos”.

Em resposta ao CDS, que considerou que a solução apresentada pelo Governo não configura um “cenário animador”, a ministra Marta Temido justificou que representa um avanço em relação ao que tem sido feito até agora.

Para a ministra, esta solução é “melhor do que o tem sido conseguido” pelos anteriores governos.

“Olhamos para os resultados dos tempos máximos de resposta garantidos e verificamos que nunca conseguimos deixar de ter estes pontos negros que nos preocupam”, afirmou.

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