Os setores da saúde e da administração pública são alvos prioritários de ciberataques pela sensibilidade dos dados que gerem. Quais são hoje as principais ameaças e que impactos reais podem ter na confiança e na vida dos cidadãos?
As principais ameaças de segurança de que as organizações da saúde e a administração pública são alvo não diferem muito de outros setores de atividade. Destacaria as ameaças de Ransomware e Phishing, na medida em que a importância e sensibilidade dos dados nestes setores torna a sua segurança absolutamente fundamental. No entanto, como sempre, as maiores vulnerabilidades estão centradas em falhas e ações dos utilizadores, pelo que a vertente de formação e sensibilização contínua são cruciais.
Como transformar a cibersegurança de custo inevitável em investimento estratégico e qual o papel da Claranet Portugal no apoio a entidades com falta de recursos e elevada complexidade tecnológica?
A Cibersegurança é já, atualmente, uma das principais rúbricas do orçamento de IT das organizações. O papel da Claranet Portugal é precisamente colmatar a falta de capacidade e recursos especializados das entidades, e em simultâneo apoiar e reforçar a resiliência das organizações com serviços como SOC (Security Operations Center) – um nível de resposta que a maioria dos organismos nunca conseguirá assegurar de forma autónoma, pelos elevados investimentos envolvidos.
A nova diretiva sobre cibersegurança NIS2 vem impor regras mais exigentes. De que forma pode ser vista não apenas como obrigação, mas também como oportunidade para elevar padrões de proteção e confiança digital?
Acima de tudo, a Diretiva NIS2 coloca a Cibersegurança no topo das prioridades das organizações, legitimando a necessidade de investimentos em meios (pessoas, processos e sistemas) com um referencial, ao mesmo tempo que classifica com clareza os serviços e organismos de acordo com a sua criticidade na sociedade.
Destacaria o serviço 360 Security & Compliance da Claranet Portugal, que permite às organizações obter, em tempo real, uma imagem clara da sua realidade, identificar riscos e vulnerabilidades e obter recomendações para melhorar a postura de segurança, cobrindo a área tecnológica, processos, políticas e obrigações legais e regulatórias (NIS2, DORA, DL/65, RGPD, etc.).
A Inteligência Artificial pode reforçar a cibersegurança, mas também cria riscos. Como equilibrar estas duas dimensões e garantir que a sua utilização não compromete a integridade dos dados dos cidadãos?
De facto, a Inteligência Artificial (IA) está a colocar a Cibersegurança num novo patamar. Por um lado, os sistemas e as ferramentas atingem melhor performance e permitem enfrentar as chamadas ameaças “zero day” – vulnerabilidades desconhecidas e ainda não corrigidas ou endereçadas em softwares e sistemas operacionais. Por outro lado, surgem ameaças mais elaboradas e que recorrem também a IA para aumentar o nível de sofisticação e êxito dos ataques.
A forma de equilibrar estas duas realidades é recorrer a serviços e sistemas de última geração, garantindo assim as versões mais recentes e o conhecimento mais atualizado. Esta é uma das grandes vantagens dos serviços SOC, que tratam uma grande quantidade e variedade de ameaças.
Quais as grandes tendências que vão marcar a próxima década na interseção entre IA e cibersegurança? E que papel a Claranet Portugal ambiciona desempenhar como parceiro estratégico da modernização digital da saúde e da administração pública?
Aos dias de hoje, já não se consegue pensar a Cibersegurança sem a utilização de IA – desde o tratamento automático de tickets à sua categorização, tipificação e encaminhamento, bem como à correlação de eventos e comportamentos. A IA está hoje presente em equipamentos, software e ferramentas de forma completamente integrada e indissociável.
Por outro lado, a questão da soberania dos dados é uma preocupação real, não só para garantir a segurança dos mesmos como também para permitir e acelerar a inovação com IA, particularmente em setores altamente regulados. A procura por soluções de Cloud soberanas e seguras é uma tendência que já estamos a acompanhar.
Perante estas tendências, a Claranet Portugal ambiciona ser um parceiro incontornável das organizações da saúde e administração pública, contribuindo decisivamente para aumentar a resiliência e a capacidade de recuperação, sem prescindir da inovação e modernização. Desde os serviços de consultoria, para ajudar no desenho e adequação dos processos, à implementação dos sistemas, à operação e análise de incidentes, passando pela formação e sensibilização dos utilizadores – a Claranet Portugal tem hoje uma oferta global e integrada com todas as áreas de IT, investindo continuamente para garantir a capacitação das equipas, o acesso a tecnologia de ponta e a adequação da oferta aos reais desafios dos Clientes.
Este artigo foi produzido em parceria com a Claranet Portugal.
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