[weglot_switcher]

Vacina da Johnson & Johnson com eficácia de 85% para infeções severas de Covid-19

Embora tenha apenas 66% de eficácia contra a infeções moderadas, o fármaco desenvolvido pela gigante farmacêutica além de ser resistente contra a variante da África do Sul, tem uma eficácia de 85% contra as infeções mais graves.
  • Pavlo Gonchar–SOPA Images/LightRocket/Getty Images
29 Janeiro 2021, 13h27

A vacina da Johnson & Johnson obteve uma eficácia de apenas 66% em infeções moderadas contra a Covid-19, segundo os resultados dos ensaios clínicos que foram divulgados, esta sexta-feira. A taxa de eficácia, embora seja menor do que as das restantes vacinas já aprovadas, revela ser resistente à variante da África do Sul, que, segundo os estudos preliminares, tem uma maior transmissibilidade.

No estudo de mais de 44 mil pessoas, a vacina protegeu contra 66% dos casos moderados de Covid-19, de acordo com um comunicado da empresa, citado pela “Bloomberg”. No entanto, a farmacêutica indica que o fármaco foi particularmente eficaz em travar o agravamento da doença, evitando 85% das infeções graves e 100% das hospitalizações e mortes.

Esse nível de prevenção “irá potencialmente proteger centenas de milhões de pessoas de resultados graves e fatais da covid-19”, disse Paul Stoffels, chefe científico da J&J, numa declaração.

Esta taxa de eficácia situa-se abaixo das outras vacinas já autorizadas, nomeadamente da Pfizer/BionTech (95%), da Moderna (94,5%) e da Astrazeneca/Oxford (70%). A taxa também não é diretamente comparável, uma vez que o estudo excluiu casos leves de infeção.

Com base no resultado, a J&J planeia solicitar uma autorização de uso de emergência nos EUA no início de fevereiro. Segundo a “Bloomberg”, um porta-voz da gigante farmacêutica garante que espera receber um parecer positivo em março para que o produto comece a distribuído e comercializado. A empresa não especificou a quantidade de vacinas que estariam disponíveis imediatamente, mas reafirmou que os Estados Unidos receberão 100 milhões de doses no primeiro semestre do ano.

A Comissão Europeia assinou, em novembro, um contrato para a aquisição de 30 milhões de doses da vacina, com a opção de adquirir mais 30 posteriormente.

A Portugal, espera-se que o primeiro lote chegue em abril. O diretor médico da Janssen, pertencente à Johnson & Johnson, Manuel Salavessa, estima que cheguem no inicio do segundo trimestre as primeiras 1,25 milhões de doses da vacina contra a Covid-19

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.