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Vacinas. Comissão Europeia pondera mecanismos de aprovação de emergência para acelerar processo de imunização

Uma das soluções em cima da mesa para acelerar o processo de vacinação na Europa é a aprovação de emergência das vacinas contra a Covid-19. Mecanismo estava reservado apenas para autorização excepcional, a nível nacional, de medicamentos.
  • Olivier Hoslet / EPA
2 Março 2021, 18h28

Face à escassez de vacinas que compromete a concretização da meta de imunizar 70% do bloco europeu até ao verão, a Comissão Europeia (CE) anunciou estar a estudar a aprovação de emergência para vacinas contra a Covid-19 de forma a acelerar a comercialização das mesmas na União Europeia (UE).

“Estamos prontos para refletir com os Estados-membros sobre todos os caminhos possíveis para acelerar a aprovação de vacinas”, cita a “Reuters” as declarações de um porta-voz da CE, esta tarde, aos jornalistas, depois de mais um encontro para analisar a luta contra a Covid-19, que contou com a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Entre as opções está a “autorização de emergência de vacinas a nível da União Europeia com a responsabilidade partilhada entre os vários estados”, referiu o porta-voz.

A estratégia marcaria uma grande mudança na abordagem europeia no processo de aprovações de vacinas, pois envolveria o uso de um procedimento que o próprio executivo havia considerado perigoso, e que antes da pandemia da Covid-19 estava reservado apenas para autorização excecional, a nível nacional, de medicamentos. Foi, por exemplo, o mecanismo usado em abril para que inicialmente os médicos a usassem o remdesivir, antiviral da Gilead, como tratamento contra a Covid-19. Só mais tarde o medicamento recebeu a aprovação condicional da Autoridade Europeia do Medicamento (EMA).

A sugestão chega numa altura em que executivo da UE e a EMA estão sob crescente pressão pelo que alguns consideram ser uma aprovação lenta de vacinas, que por sua vez atrasa do processo de vacinação entre os 27 quando comparado com os Estados Unidos, Israel e o ex-membro da UE, o Reino Unido.

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