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Vaticano avisa que sem vacina não há emprego garantido

O estado mais pequeno do mundo recebe diariamente centenas de trabalhadores que moram em Itália, o que coloca o país em alerta devido aos casos que têm surgido, apesar de já não estar na fase mais crítica.
18 Fevereiro 2021, 14h54

O Vaticano deixou o aviso de que os trabalhadores arriscam perder o emprego caso se recusem a serem vacinados contra a Covid-19, sem apresentarem razões de saúde legítimas que impeçam a vacinação, revela a “Reuters”.

O cardeal e governador da Cidade do Vaticano, Giuseppe Bertello, apontou que a vacina é a “escolha responsável” em detrimento do risco de infetar outras pessoas. O processo de vacinação no Vaticano teve início no mês passado e o Papa Francisco, que soma 84 anos, foi um dos primeiros a receber a vacina.

O estado mais pequeno do mundo recebe diariamente centenas de trabalhadores que moram em Itália, o que coloca o país em alerta devido aos casos que têm surgido, apesar de já não estar na fase mais crítica.

O decreto assinado pelo cardeal Bertello aponta que quem não poder ser vacinado por motivos de saúde pode receber outro cargo onde o contacto com outras pessoas é mínimo, embora o salário se mantenha estável.

No entanto, o decreto sustenta que quem se recuse a ser vacinado está sujeito a uma lei de 2011 sobre os direitos e deveres dos trabalhadores, onde está esclarecido que se um funcionário se recusar a “medidas preventivas” pode ser sujeito a “vários graus de consequências que podem levar à demissão”.

Desde o início da pandemia que o Sumo Pontífice, líder máximo da Igreja Católica, se mostra um grande defensor das vacinas para conter a propagação do vírus. “É uma escolha ética, pois o que colocamos em risco é a nossa saúde, a nossa vida, mas também a vida dos outros”, referiu o Papa Francisco no mês passado, altura em que começou o processo de vacinação.

“Não sei por que alguém diz: ‘a vacina é perigosa’. Se os médicos a apresentam como algo que pode ser bom, e que não apresenta nenhum risco particular, qual a razão de não a receber?”, questionou-se sobre o assunto, na altura.

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