Numa altura em que as operadoras estão ainda a fazer investimentos e a procurar rentabilizar a aposta de milhões no 4G, a inovação tecnológica 5G começa a ser testada na Coreia do Sul e na Europa ninguém parece querer ficar de fora nesta corrida tecnológica. Embora não deva estar disponível antes de 2020, em Portugal as operadoras assumem estar a par dos avanços tecnológicos.
Ao ‘Dinheiro Vivo’, fonte oficial da NOS garante estar “a acompanhar a estandardização do 5G, a estudar e avaliar a tecnologia e o ecossistema e a tomar opções estratégicas no desenvolvimento da sua rede atual orientadas a uma futura evolução para 5G”.
Também a Vodafone admite estar “há já algum tempo” a “preparar as suas infraestruturas para a rede móvel do futuro”. Fonte oficial da operadora conta ao ‘Dinheiro Vivo’ que está a proceder à instalação de equipamentos “5G ready” e a fazer o upgrade do software atualmente existente, bem como a desenvolver “funcionalidades que permitem elevadas taxas de transferência de informação”.
“O 5G permitirá revolucionar a forma como interagimos com o mundo, acelerando a integração em rede de equipamentos e sensores (carros, domótica, remotização de procedimentos, veículos). Os equipamentos que nos rodeiam terão mais ‘inteligência’ e estarão ligados ao mundo permitindo um número sem fim de novas aplicações e serviços”, indica a fonte da NOS.
O novo espectro tecnológico vai aumentar a velocidade com que trocamos dados entre dispositivos (como tablets e smartphones) e permitir o desenvolvimento da Internet das Coisas. A Coreia do Sul quer pôr máquinas a falar com máquinas, investir em carros autónomos e telemedicina e garantir uma rapidez cada vez maior das redes, ainda antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, dos quais será o país anfitrião.
No entanto, em Portugal ainda não há data prevista para o lançamento de uma oferta 5G, até porque ainda há muito terreno pela frente e muitas ideias que precisam de ser exploradas.
“O principal desafio é rentabilizar as redes móveis e não forçar a introdução de novas tecnologias sem a garantia que as redes atuais estão exploradas até à sua maturidade e sem a garantia que o mercado está recetivo para as mesmas”, sublinha a NOS.
Em Portugal caberá à Anacom definir as regras de atribuição do espectro em coordenação com as diretivas da Comissão Europeia.
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