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Vem aí (muito) calor: Termómetros podem chegar aos 30 graus

O risco de incêndio vai aumentar nos próximos dias em vários distritos de Portugal continental, acompanhando a subida das temperaturas máximas que em algumas regiões podem chegar perto dos 30 graus Celsius, segundo o IPMA.
23 Março 2019, 14h04

De acordo com informação disponível no ‘site’ do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), este sábado está previsto risco de incêndio muito elevado para quatro concelhos do distrito de Faro e elevado em 11 concelhos de Faro, Beja, Santarém e Portalegre.

O IPMA prevê para domingo um risco muito elevado de incêndio para três concelhos de Portalegre e Faro e elevado em 22 concelhos de Faro, Beja, Castelo Branco, Santarém e Portalegre.

Na segunda—feira volta a subir e na terça-feira já são mais de 70 os concelhos em risco elevado de incêndio, 16 em muito elevado e um em risco máximo (Mação, no distrito de Santarém).

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, que podem variar entre o “reduzido” e o “máximo”.

O cálculo é feito com base nos valores observados às 13h00 em cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

O IPMA prevê para os próximos dias um aumento dos valores da temperatura máxima em Portugal continental. A previsão aponta para céu geralmente limpo, vento em geral fraco do quadrante leste, soprando moderado no Algarve, acentuado arrefecimento noturno e subida da temperatura máxima.

No sábado os termómetros vão chegar aos 28 graus em Setúbal e 27 em Santarém. Em Lisboa vão estar 25 graus, Faro 21 e Porto 23. Para domingo prevê-se 27 graus para Setúbal e Santarém, 26 em Leiria e Braga, em Lisboa 25, Faro 21 e no Porto 24.

Recomendações da proteção civil

Perante este cenário, a Autoridade Nacional de Proteção Civil deixa algumas recomendações à população: a “adequação de comportamentos e atitudes face à situação de perigo de incêndio rural, nomeadamente através da adoção de medidas de prevenção e precaução na utilização de fogo em espaços rurais, observando as restrições em vigor e tomando especial atenção à evolução do perigo de incêndio para os próximos dias”.

A ANPC alerta que, de acordo com as disposições legais em vigor, “a queima de matos cortados e amontoados e qualquer tipo de sobrantes de exploração, está sujeita a autorização da autarquia local, devendo esta definir o acompanhamento necessário para a sua concretização, tendo em conta o risco do período e zona em causa”.

Entre 1 de janeiro e 17 de março, a ANPC registou 1.344 incêndios, que provocaram 1.608 hectares de área ardida. Segundo a instituição, a maior parte da área ardida provocada por estes incêndios de inverno foi em matos, 1.192 hectares, seguido de povoamentos (382) e de agricultura (34).

A Proteção Civil indica também que, até 17 de março, se registaram mais fogos nos distritos de Vila Real (201), Viseu (190) e Porto (185), mas “em qualquer um dos casos, os incêndios são maioritariamente de reduzida dimensão”, não ultrapassando um hectare.

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