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Venda de passes em junho cresceu 41% na Área Metropolitana de Lisboa

Os passes vendidos em junho na Área Metropolitana de Lisboa (AML) seguem a tendência de retoma nos transportes públicos, configurando um crescimento de cerca de 41% face ao mês de maio, anunciou hoje a AML. Segundo a área metropolitana, em junho foram vendidos mais de 334 mil passes na área metropolitana de Lisboa, o que […]
3 Julho 2020, 12h47

Os passes vendidos em junho na Área Metropolitana de Lisboa (AML) seguem a tendência de retoma nos transportes públicos, configurando um crescimento de cerca de 41% face ao mês de maio, anunciou hoje a AML.

Segundo a área metropolitana, em junho foram vendidos mais de 334 mil passes na área metropolitana de Lisboa, o que representa um aumento de 98 mil passes em comparação com o mês anterior.

“Os números traduzem uma retoma significativa na utilização dos transportes públicos durante o mês de junho, que vem na sequência do aumento já verificado em maio (foram vendidos 218.000 passes Navegante), comparativamente a abril”, pode ler-se no comunicado hoje divulgado.

Comparando com os dados médios mensais do primeiro trimestre do ano, em que foram vendidos 765 mil passes, os números de abril, maio e junho, representam 9% (72.200), 31% (236.900) e 43% (334.300), respetivamente, desse valor.

Com o reforço substancial de oferta de transportes públicos implementado no dia 1 de julho, na Área Metropolitana de Lisboa, para valores superiores a 90%, relativamente à existente no período pré-pandémico, “é expectável que esta tendência crescente de aumento de utilizadores se continue a verificar em julho”, refere o organismo.

De acordo com a AML, a oferta de transporte público rodoviário de passageiros traduz-se, em termos concretos, em mais quatro mil viagens de autocarros por dia, e mais 57 mil quilómetros percorridos diariamente, face ao registado em junho.

Um reforço que só é possível “graças à convergência de ideias entre o governo, as autarquias, a Área Metropolitana de Lisboa e os operadores, e que implica um esforço financeiro público suplementar de cerca de dez milhões de euros”, refere Carlos Humberto, primeiro-secretário da Área Metropolitana de Lisboa.

Nesta fase, a de acordo com os dados divulgados, a AML está, não só, a consolidar uma oferta global de 90%, que, nos horários de maior procura, atinge os 100%, mas também, e paralelamente, monitoriza toda a rede de transportes, em articulação com autarquias e operadores, para proceder aos reajustes necessários.

Em abril, mês de confinamento devido ao estado de emergência, de acordo com dados divulgados então pela AML, a percentagem de passes vendidos foi apenas de 9%, em comparação com os meses de janeiro e de fevereiro.

Em maio, período em que começou o desconfinamento, os títulos de transporte vendidos estavam acima dos 20% em relação ao mesmo período, demonstrando uma retoma.

A generalidade de Portugal Continental entrou a 1 de julho em situação de alerta devido à pandemia de Covid-19, com exceção da AML, que passará para o estado de contingência.

Dentro da AML, que é constituída por 18 municípios, 19 freguesias de cinco concelhos continuarão em estado de calamidade, já que, segundo disse o primeiro-ministro na semana passada, é onde se concentra agora “o foco de maior preocupação de novos casos [de infeção] registados”.

Em Portugal, morreram 1.587 pessoas das 42.782 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 516 mil mortos e infetou mais de 10,71 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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