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Vendas a retalho e aumento das restrições à mobilidade nos EUA penalizam Wall Street

O sentimento do mercado está a ser penalizado pelo agravamento das restrições à mobilidade (e à atividade económica) em diversos estados dos Estados Unidos, depois de ter sido ultrapassada a fasquia dos onze milhões de casos de infeção. Vendas a retalho abaixo das expectativas desagradaram o mercado.
Traders work on the floor of the New York Stock Exchange (NYSE) shortly before the closing bell in New York, U.S., January 6, 2017. REUTERS/Lucas Jackson
17 Novembro 2020, 15h24

A bolsa de Nova Iorque iniciou a sessão desta terça-feira em terreno negativo , em linha com as congéneres europeias. Com estas perdas, Wall Street inverte e afasta-se dos ganhos registados na véspera, impulsionadas com as notícias sobre a vacina contra a Covid-19, desenvolvida pela Moderna, que diz ter uma taxa de eficácia de 94,5%, que levou o Dow a alcançar máximos históricos.

O Dow Jones começou a negociação a perder 0,93%, para 29.671,46 pontos;  o S&P 500 caía 0,65%, para 3.603,20 pontos; e o tecnológico Nasdaq cedia ligeiramente 0,06%, para 11.916,40 pontos.

O sentimento do mercado está a ser penalizado pelo agravamento das restrições à mobilidade (e à atividade económica) em diversos estados dos Estados Unidos, depois de ter sido ultrapassada a fasquia dos onze milhões de casos de infeção. Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millennium bcp, salienta que isto “contrasta com a esperança dos investidores em novos relatórios sobre as vacinas Covid-19, sendo possível que farmacêuticas incluindo a Pfizer possam transmitir maiores detalhes ainda esta semana”.

As vendas a retalho nos Estados Unidos, referentes a outubro, que foram esta manhã divulgadas, também estão a pressionar o sentimento do mercado, depois de terem registado um aumento ligeiro de 0,3%, abaixo das estimativas, que esperavam uma subida de 0,5%.

Neste início de sessão, o destaque vai para os resultados trimestrais das empresas de retalho, que superaram as estimativas. A Walmart apresentou um lucro por ação de 1,34 dólares, acima das previsões que apontavam para 1,26 dólares. A Home Depot alcançou um lucro por ação de 3,18 dólares, acima das expectativas de 3,05 dólares. Apesar dos resultados, ambas as empresas estão a negociar em alta, com perdas entre 1% e 2%.

Outro destaque vai para a Tesla, que poderá ser integrada no S&P 500. As ações da fabricante de carros elétricos de Elon Musk dispara mais de 10% com esta notícia que beneficiou ainda algumas rivais da empresa, a Xpeng, a Nio e a Li Auto.

Nota ainda para a Boeing que poderá receber amanhã autorização para voltar a descolar os 737 Max, vinte meses depois dos trágicos acidentes que mataram centenas de pessoas. A notícia é avançada pela “Bloomberg”, que cita fontes ligadas ao processo. Apesar da boa notícia para a companhia aérea, as ações estão a perder 2,63%.

Nas matérias-primas, o preço do petróleo está em queda. Por volta das 14h30 em Portugal continental, o Brent, negociado em Londres e referência mundial e europeia, perdia 0,96%, para 43,40 dólares. Já o WTI, negociado em Nova Iorque, caía 1,06% para 40,90 dólares.

 

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