As vendas de automóveis ligeiros e pesados em Portugal afundaram 33,9% em 2020 face a período homólogo para um total de 176.992 automóveis, segundo os dados hoje divulgados pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP).
A maior queda mensal registada no ano passado teve lugar durante o mês de abril quando as vendas afundaram 84,6% face a 2019. Recorde-se que os concessionários estiveram totalmente encerrados durante este período devido à vigência do Estado de Emergência.
Analisando os diferentes segmentos, as vendas de ligeiros de passageiros recuaram 35% para 145.417 unidades. Nos ligeiros de mercadorias, as vendas desceram 28,3% para 27.578 unidades. Assim, no total de ligeiros, as vendas desceram 34% para 172.995 unidades. Em relação aos veículos pesados, as vendas recuaram 28,3% para 3.997 unidades.
Desde o início da pandemia em Portugal que as vendas de automóveis registaram quedas de dois dígitos em oito de dez meses, servindo de barómetro para os primeiros estados de emergência, para o levantamento das restrições no verão, e novamente para a imposição de medidas mais duras na reta final do ano: março (-57%), abril (-84,6%), maio (-72%), junho (-54%), julho (-16,9%), agosto (-8,6%), setembro (-9%), outubro (-13%), novembro (-35,3%), dezembro (-19,4%).
Apesar da grande quebra no mercado, as vendas ficaram muito acima do registado em 2012, ano em que a troika estava em Portugal e que o país registava uma forte crise económica e financeira, com 95.290 unidades vendidas. Pior, só mesmo no longínquo ano de 1985 quando foram vendidas um total de 93.012 unidades.
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