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Governo português e TAP acusados de conivência na tentativa de entrada de explosivos na Venezuela

Governo português e TAP foram visados por Deusdado Cabello, presidente da Assembleia Constituinte da Venezuela. Em causa, acusações de tentativa de entrada de explosivos em território venezuelano.
13 Fevereiro 2020, 14h03

Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Constituinte da Venezuela, acusa esta quinta-feira o Governo português e a TAP de conivência com uma tentativa de entrada de explosivos em território venezuelano, de acordo com notícia avançada pela RTP.

O presidente da Assembleia Constituinte confirmou que as autoridades da Venezuela prenderam o tio de Juan Guaidó quando este chegou ao Aeroporto de Maiquetia, que já tinha sido avançado pelo auto-proclamado presidente venezuelano ontem, 12 de fevereiro.

O tio de Guaidó, Juan José Márquez, está acusado de terrorismo por, alegadamente, transportar explosivos e coletes à prova de bala na viagem que ligou Lisboa a Caracas, que foi feita na transportadora aérea portuguesa. Segundo Diosdado Cabello, o tio do presidente auto-proclamado trazia “material muito perigoso dentro do avião” que seria utilizado em “operações desestabilizadoras na Venezuela”.

De acordo com as declarações à televisão venezuelana, Márquez “trazia umas lanternas táticas, que continham no interior, no compartimento das pilhas, substâncias químicas de natureza explosiva, presumivelmente explosivo sintético C4”.

O líder do regime de Nicolás Maduro afirmou ainda que Guaidó não consta na lista de passageiros da TAP, e que o embaixador de Portugal na Venezuela, Carlos Nuno Almeida de Sousa Amaro, se mudou de Caracas para o terminal aéreo de Maiquetia para receber Guaidó e o tio.

A oposição, os apoiantes de Guaidó, afirma que as provas que Cabello alega ter em sua posse foram plantadas e pediu ainda a libertação imediata de Juan José Márquez.

“Os portugueses acreditam que somos idiotas”, sublinhou Cabello, acusando ainda “o reino de Portugal” de olhar para a Venezuela como um “país de terceiro mundo, em desenvolvimento”.

O Governo português garante que não houve qualquer contacto com a comitiva de Guaidó.

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