Os mercados europeus registaram um sentimento positivo na sessão de terça-feira, com a banca e a construção a beneficiarem de forma particularmente acentuada. O otimismo estendeu-se à bolsa de Lisboa, onde esses setores avançaram mais do que os restantes, na véspera de uma nova decisão da Fed no que respeita à política monetária.
O índice PSI adiantou-se 1,07% e alcançou os 6.925 pontos e a maior subida foi protagonizada pela Mota-Engil, na ordem de 3,97%, até aos 3,402 euros por ação. O ganho alinha-se com o que se registou um pouco por toda a Europa, onde o setor da construção, a par da Defesa, beneficiaram sobretudo dos ventos positivos que surgiram na Alemanha.
Em causa está a aprovação de um pacote de 500 mil milhões de euros para investimentos em infraestrutura e defesa, que gerou um forte ânimo entre os investidores, no que diz respeito àqueles setores. De resto, a tendência foi notória não apenas na bolsa de Frankfurt, mas um pouco por toda a Europa.
Outro setor que registou fortes ganhos foi a banca, à boleia do qual, em Lisboa, o BCP ganhou 3,07% para 0,578 euros. Noutros setores, houve acréscimos próximos de 1,30% na Galp e nos CTT, até aos 15,35 euros e 7,23 euros, respetivamente.
Em sentido oposto, a descida mais acentuada foi registada nos títulos da Altri, na ordem de 0,98%, até aos 6,085 euros. Ao mesmo tempo, a EDP Renováveis derrapou 0,59% para 8,40 euros.
No exterior, o dia foi particularmente positivo em Espanha, onde a banca levou o índice de referência a registar a subida mais expressiva de entre as principais praças europeias. O índice IBEX 35 somou 1,70%, a beneficiar de valorizações superiores a 4% no Santander e no Bankinter, ao mesmo tempo que o Caixabank saltou 5%.
Seguiram-se subidas de 1,25% em Itália, 0,97% na Alemanha, 0,50% em França e 0,23% no Reino Unido. Ao mesmo tempo, o índice agregado Euro Stoxx 50 ganhou 0,64%.
Esta quarta-feira, os mercados vão estar atentos ao que se vai passar do outro lado do Atlântico, na sequência do término da reunião da Reserva Federal. Os responsáveis do banco central norte-americano devem decidir pela manutenção das taxas de juro de referência, pelo que o foco estará no discurso do presidente da Fed.
Jerome Powell poderá dar sinais sobre eventuais futuros cortes, numa altura em que o mercado está a antever que o primeiro corte em 2025 deve ter lugar em junho.
Na Europa, o Eurostat vai divulgar os dados da inflação na zona euro em fevereiro, que podem impactar também o sentimento dos investidores.
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