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“Vergonha”: Tarjas do Chega na Assembleia da República geram tensão

Aguiar-Branco ordenou a retirada das tarjas da fachada da Assembleia da República, considerando que a sua colocação é uma afronta ao “palácio” da democracia. PS tentou, sem sucesso, interromper trabalhos.
Protesto do Chega nas janelas da Assembleia da República contra a aprovação ontem no parlamento do fim do corte de 5% nos salários dos titulares de cargos públicos, Lisboa, 29 de novembro de 2024. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
29 Novembro 2024, 10h52

Os deputados do Chega instalaram várias faixas nas janelas dos seus gabinetes da Assembleia da República, manifestando-se contra o fim do corte de 5% do vencimento de titulares com cargos políticos. Estas faixas estão a ser alvo de discussão no Parlamento, em dia de votação de Orçamento do Estado.

Com o objetivo de não alimentar polémicas e de respeitar a ideologia da casa da democracia, o Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, ordenou que os deputados do Chega retirem os cartazes de colocaram, considerando a ação como “uma vandalização política”.

“Se os cartazes não forem retirados entretanto, os bombeiros irão fazer a retirada pelo lado exterior. Lamento, repudio e tem a ver com as regras do património nacional. Não tem nada a ver com a liberdade de expressão”, sustentou o presidente da Assembleia da República. “Não estive de olhos fechados e não vou beneficiar o infrator”, considerou na sua intervenção.

Estas faixas, instaladas esta manhã, têm montagens de fotografias de Luís Montenegro, Pedro Nuno Santos e Nuno Melo com dinheiro à frente da cara.

Aguiar-Branco assumiu ainda chamar os bombeiros para proceder à retira dos cartazes, caso os membros do partido não o fizessem. Foram vários os partidos que criticaram o Chega de André Ventura, com o PS a tentar suspender os trabalhos de votação – já rejeitado.

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