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Via Outlets agrega investimentos de 67 milhões desde 2017

Depois dos 13 milhões investidos na remodelação do centro em 2021, desta vez são 30 milhões no aumento em 26% da área bruta locável.
29 Novembro 2023, 13h58

O Vila do Conde Porto Fashion Outlet – pertença do fundo de pensões neerlandês APG – acaba de apresentar o projeto de expansão do centro, que irá totalizar 10 mil m2, mais cerca de 26% que a atual capacidade instalada, o que obrigará a um investimento da ordem dos 30 milhões de euros. Presente no mercado nacional desde 2016-17, os neerlandeses já investiram cerca de 67 milhões de euros no segmento dos outlets nacionais (Vila do Conde e Freeport) – apesar de ter outros investimentos em Portugal, tendo nomeadamente feito parte do consórcio internacional que entrou no capital da Brisa.

A expansão vai permitir a instalação de 31 novas lojas e quatro espaços de restauração, o que induzirá a criação de cerca de 300 postos de trabalho diretos. As obras deverão arrancar em março 2024 e estarão concluídas, previsivelmente, no final do primeiro semestre de 2025. A obra está a cargo do atelier espanhol de arquitetura L35, parceiro que também esteve dedicado à remodelação anterior do centro.

Jorge Pinto Fernandes, Portugal Business Director da VIA Outlets Portugal, afirmou que “temos tido muitas marcas interessadas em entrar no centro, assim como as já existentes a quererem aumentar a sua área de loja” – estando entre elas algumas marcas que irão inaugurar a sua presença no mercado português precisamente no Vila do Conde Outlet.

Por seu turno, Nuno Oliveira, Regional Business Director da VIA Outlets Ibéria, disse que “o conceito outlet tem evoluído muito e hoje é considerado parte integrante da estratégia de distribuição das marcas. É o segmento de shopping que mais tem crescido. Vamos continuar a investir no mercado nacional, onde desde 2017 já investimos mais de 37 milhões, aos quais se juntam agora 30 milhões nesta expansão”, disse. “Concluímos há menos de um mês a remodelação de Sevilha Fashion Outlet, também com o mesmo atelier de arquitetura”.

Segundo aquele responsável, o mercado europeu de outlets cresceu cerca de 11% no final do primeiro semestre do ano face ao homólogo de 2019 (ante-pandemia), com o comportamento da Península Ibérica a crescer 19%; melhor ainda, o mercado português cresceu 23%, pulverizando todos os recordes nacionais – com certeza para desgosto de Christine Lagarde, governadora do banco central europeu. Os outlets representam apenas 2% do total da oferta europeia de centros comerciais – existindo cerca de 200 em todo o continente. O seu número vai com certeza diminuir no médio prazo, uma vez que a União Europeia está em pleno processo de remodelação da indústria europeia – sendo a diminuição do excesso de produção um dos princípios a implementar. Ou, dito de outra forma, a ideia da União Europeia é diminuir aquilo que os outlets têm como o seu principal ativo (as sobras). Mesmo assim, e segundo disse Nuno Oliveira, o possível redimensionamento do mercado vai implicar alterações – de onde as melhores ofertas sairão vencedoras.

O Vila do Conde Porto Fashion Outlet concluiu uma remodelação em 2021 que, para além da harmonização estética do espaço e do edifício, tornando-o mais acolhedor, elegante e convidativo, incluiu uma renovação de lojas, com a entrada de mais de 25 novas marcas como a BOSS, Under Armour, Karl Lagerfeld,, Longchamp, entre outras e algumas marcas trouxeram para o centro a sua maior loja do país, como é o caso da Michael Kohrs, Guess, Levi’s ou Boss.

A VIA Outlets, propriedade do gestor de ativos do fundo de pensões neerlandês APG, foi criada em 2014 com vista à aquisição e gestão de centros outlet já existentes por toda a Europa. O seu portefólio integra atualmente 11 centros que contam com mais 1.100 lojas em nove países europeus. Em Portugal integram o grupo VIA Outlets: o Freeport Lisboa Fashion Outlet, em Alcochete, e o Vila do Conde Porto Fashion Outlet, em Vila do Conde. A operação está concentrada em Portugal, Espanha, Suécia, Suíça, Noruega, Polónia, República Checa e Alemanha, para além do mercado dos Países Baixos.

A APG gere ativos da ordem dos 500 mil milhões de euros. A operação plurinacional dos outlets resultou, em 2022, na gestão de 267 mil m2, visitados por 32 milhões de pessoas – que geraram um volume de negócios da ordem dos 1,2 mil milhões de euros.

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