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Viagens de residentes sobem 16% no 1.º trimestre, mais para o estrangeiro

Segundo as estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE), a larga maioria das deslocações acontece no território português. As viagens em Portugal representaram 86,3% do total, enquanto as que tiveram como destino o estrangeiro representaram 13,7%.
28 Julho 2025, 13h45

Os residentes em Portugal viajaram mais no primeiro trimestre deste ano do que no período homólogo de 2024, fazendo crescer o número de deslocações em 16%, para 5,2 milhões, mostram dados divulgados hoje pelo INE.

Segundo as estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE), a larga maioria das deslocações acontece no território português. As viagens em Portugal representaram 86,3% do total, enquanto as que tiveram como destino o estrangeiro representaram 13,7%.

No entanto, o crescimento foi mais acentuado nas viagens ao estrangeiro. A “trajetória de crescimento observada nos dois últimos trimestres de 2024” manteve-se no primeiro trimestre, registando-se um acréscimo de 18,5% em termos homólogos, refere o INE. Já no caso das viagens em Portugal, o aumento foi de 15,6%.

Ao todo, houve 4,5 milhões de deslocações no país e 710,5 mil viagens ao estrangeiro.

Segundo o INE, “as principais motivações para viajar no primeiro trimestre de 2025 foram a ‘visita a familiares ou amigos’, que originou 2,1 milhões de viagens (40,9% do total, -6,3 pontos percentuais face ao primeiro trimestre de 2024), e o ‘lazer, recreio ou férias’, que motivou igualmente cerca de 2,1 milhões de viagens dos residentes (40,8%, +3,1 pontos percentuais face ao primeiro trimestre de 2024)”.

Quando viajaram nestes primeiros meses do ano, os residentes portugueses procuraram ficar em casa de familiares ou amigos.

De acordo com o INE, o “alojamento particular gratuito” foi a principal opção de alojamento, tendo representado 64,7% das dormidas (9,2 milhões). Já os “hotéis e similares” concentraram 26,5% (3,8 milhões de dormidas).

A “visita a familiares ou amigos” foi a principal motivação para viajar no primeiro trimestre de 2025, à semelhança do que acontecera nos três primeiros meses do ano passado, tendo originado 2,1 milhões de viagens, o equivalente a 40,9% do total.

As deslocações para “lazer, recreio ou férias”, que cresceram 25,4%, deram origem a 2,1 milhões de viagens. Por último, as viagens por motivos “profissionais ou de negócios”, que subiram 48%, totalizaram 647,4 mil deslocações.

Enquanto nas viagens pelo país a “visita a familiares e amigos” foi a principal razão das deslocações (44,4%, ou seja, 2 milhões), nas viagens ao estrangeiro a principal razão foi “lazer, recreio ou férias” (59,1% do total, 420,1 mil viagens).

“O segundo principal motivo das deslocações nacionais foi o “lazer, recreio ou férias” (37,9% do total; 1,7 milhões de viagens). Nas deslocações ao estrangeiro, a segunda principal razão para as mesmas teve motivações “profissionais ou de negócios”, tendo estado na origem de 19,6% do total (139,6 mil viagens)”, refere a nota estatística do INE.

O número de viagens aumentou em todos os meses do primeiro trimestre, tendo crescido 36% em janeiro, 15,9% em fevereiro e 0,7% em março.

Em média, quando viajam, os turistas portugueses pernoitam 2,75 noites. O valor do primeiro trimestre foi inferior ao do primeiro trimestre do ano passado, em que a média ficou nas 2,84 noites.

“A duração média mais longa foi registada em fevereiro”, de 2,82 noites, e a mais baixa ocorreu em janeiro, de 2,67 noites, mostram os dados do INE.

Nos primeiros três meses do ano, “20,4% dos residentes fizeram pelo menos uma deslocação turística”.

A proporção de residentes que “realizou pelo menos uma viagem diminuiu em março (-1,3 pontos percentuais), mas aumentou em janeiro e fevereiro (+2,5 pontos percentuais e +0,9 pontos percentuais, respetivamente)”, refere o INE.

Relativamente à organização das deslocações, a informação estatística recolhida pelo INE permite ver que a Internet foi utilizada em 27,1% das situações. Nas viagens ao estrangeiro, foi o meio utilizado em 76,2% das situações, enquanto nas viagens em território português isso só aconteceu em 19,4% dos casos.

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