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Viajar de autocarro ao estilo Netflix

A liberalização do transporte rodoviário em Portugal tornou as viagens parecidas com um serviço de streaming. É possível escolher o operador que presta o serviço, o número de destinos continua a aumentar e, através de aplicações, os passageiros podem escolher a rota, reservar os bilhetes e viajar sem burocracias. A Rede Expressos e a FlixBus são as grandes empresas no transporte rodoviário de passageiros de médio e longo curso.
1 Março 2025, 11h00

P agar mais para viajar sem “vizinho” do lado, dividir o preço do bilhete em três prestações e usufruir do sistema de entretenimento a bordo são comodidades que tornam a experiência de viajar de autocarro mais confortável e personalizada. Estas opções são o reflexo da liberalização do transporte rodoviário em Portugal, que trouxe maior concorrência entre operadores, impulsionando a inovação, a digitalização dos serviços e a criação de ofertas mais acessíveis para os passageiros. “Estamos satisfeitos pela forma como os portugueses receberam a nossa proposta de valor. O país conta com infraestruturas e autoestradas muito boas, as distâncias entre cidades não são longas e os autocarros tornam-se a opção ideal, diz Pablo Pastega, vice-presidente para a Europa Ocidental e diretor-geral da FlixBus em Portugal, ao Jornal Económico.

Até dezembro de 2019, o serviço expresso nacional só podia ser feito por empresas de transporte coletivo de passageiros que já exploravam carreiras no serviço público regular. Com a liberalização do mercado, as empresas que entraram em Portugal passaram a realizar os percursos que desejavam, com especial destaque para o eixo Lisboa-Porto, um dos mais apetecíveis. A FlixBus, que começou a operar no mercado doméstico a partir de julho de 2020, aproveitou a liberalização do segmento das viagens de autocarro de longo curso para tentar replicar em Portugal o sucesso alcançado na Europa, EUA e América Latina.

Os preços acessíveis são fundamentais nesta estratégia de negócio. O fator com maior peso é: quanto mais cedo se comprar o bilhete, mais barato será. A receita é depois repartida com cada um dos 14 parceiros (pequenas e médias empresas com frotas de autocarros e motoristas) a operar em território nacional. A FlixBus é a responsável por toda a parte comercial, planificação das linhas, controlo dos trajetos e desenvolvimento tecnológico.

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