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Vieira da Silva considera que moção de censura não vai trazer mudanças significativas

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social não considera que o Governo saia reforçado com a votação da moção de censura apresentada pelo CDS-PP.
22 Outubro 2017, 13h49

José Vieira da Silva, ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social não considera que o Governo saia reforçado com a votação da moção de censura apresentada pelo CDS-PP.

Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, o ministro refere que se trata de um direito democrático que não vai trazer mudanças significativas até porque é quase certo que será rejeitada.

Admite contudo que os incêndios deixaram o governo mais frágil. Os incêndios “não deixam o pais exatamente como estava, são acontecimentos de uma dimensão que tornam o pais mais frágil e o governo faz parte do pais”, acrescentando que “há responsabilidades do Estado”.

Vieira da Silva adianta ainda que “o governo tem demonstrado uma grande capacidade de agir quando é preciso reforçar a confiança e confrontado com a tragédia vai voltar a saber fazê-lo”.

É também neste contexto que vê a mudança ministra da Administração Interna. Ou seja uma “mudança associada a acontecimentos com uma carga negativa” mas que permitirão ao governo sair da mudança com uma capacidade reforçada e com condições para enfrentar estas dificuldades”. Lembra que ao contrario do que muitos dizem, o governo não nasceu em estado de graça conquistou esse espaço.

Relativamente à declaração ao pais do presidente da Republica considera que apesar das chamadas de atenção ao governo, as palavras de Marcelo “não afetam a confiança institucional” e lembra que o país ainda tem um caminho longo e duro para percorrer.

Governo vai apresentar daqui a poucas semanas um valor para o salário mínimo em 2018 à volta dos 580 euros.

Vieira da Silva adianta que o valor a apresentar ainda não está fixado mas refere que não será muito diferente do que está previsto na programa do governo de 580 euros. Não exclui a possibilidade de ser superior adianta apenas que “o mais provável é que ele seja muito próximo deste valor para iniciar o debate”. Lembra no entanto que o compromisso é chegar aos 600 euros em 2019.

O ministro do Trabalho e segurança Social garantiu ainda que todos os precários que se enquadrarem nos critérios terão uma proposta para serem integrados. Não serão os 30 mil que se candidatam porque há situações que não se enquadram mas será uma “parte significativa”. Até serão incluídos trabalhadores que não apresentaram candidatura mas que “terão de ser incluídas por razões objetivas”, disse em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios.

Quanto aos trabalhadores independentes garante que até ao final do ano vão ter um novo sistema contributivo para evitar que tenham carreiras contributivas frágeis. O trabalhador continuará a ter liberdade de escola mas as taxas poderão ser alteradas.

Já em relação às reformas antecipadas com 60 anos e 40 de descontos Vieira da Silva exclui a possibilidade de qualquer outra alteração em 2018.

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