As Estatísticas do Emprego face ao segundo trimestre deste ano, hoje divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), apresentam uma descida de 1,3 pontos percentuais em cadeia e de 2,0 pontos percentuais em termos homólogos da taxa de desemprego, para os 8,8%, ao que o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social alegou, em declarações à Lusa, que “se compararmos com o mesmo trimestre do ano passado estamos a falar em perto de 160 mil novos postos de trabalho, o que quer dizer que não apenas está a reduzir a taxa de desemprego e o número de desempregados, mas está a crescer o emprego”.
Segundo os dados do INE, o desemprego, que abrange cerca de 461,4 mil pessoas, registou uma diminuição trimestral de 11,9% (menos 62,5 mil pessoas), “prosseguindo as diminuições trimestrais observadas desde o segundo trimestre de 2016”, ao passo que a população empregada, estimada em 4,760 milhões de pessoas, registou um acréscimo trimestral de 2,2%, ou seja, mais 102,3 mil pessoas e, ainda, face ao trimestre homólogo foi apontado um crescimento de 3,4% (mais 157,9 mil), considerado “o maior [acréscimo] desde o quarto trimestre de 2013”.
“Estes são resultados muito favoráveis”, refere José António Vieira da Silva, referindo que não se deve apenas à redução da taxa de desemprego, mas porque traduzem “uma capacidade muito significativa de criação de emprego em Portugal”, onde já foram criados “perto de um quarto de milhão de postos de trabalho (247 mil) (…) desde o início de 2016”.
O ministro salientou que “ainda não há muito tempo falávamos em baixar a barreira dos 10% [da taxa de desemprego] como um fator positivo e estes resultados do segundo trimestre de 2017 baixam a barreira dos 9%, ficando em 8,8%, o que é uma redução extremamente significativa”, referindo que o aumento do emprego em 3,4% “é um crescimento muito forte que constitui um fator de estímulo, mas também um fator de esperança e de confiança face ao futuro”.
Além disso, os “sinais reforçados que, nos novos postos de trabalho, ganham peso aos contratos sem termo, que crescem neste trimestre 4,9% face ao ano anterior” foi outro ponto destacado por Vieira da Silva, acrescentando que “não era tradição que isso acontecesse, o que quer dizer que estão a existir sinais muito positivos de maior estabilidade dos contratos de trabalho, embora ainda longe do que gostaríamos”.
Contudo, o país continua a enfrentar “uma taxa de desemprego alta” enquanto o valor do emprego se mantém “longe do que era antes das crises económicas que assolaram o mundo e o país desde 2008”, reforça o ministro, rematando haver “muito trabalho de recuperação a fazer, da nossa economia, da nossa sociedade, do emprego, mas este é um sinal muito forte de que a economia está com um ritmo muito positivo e espero que, já nos próximos dias, venhamos também do lado do crescimento económico a ver essa confirmação”, conclui a Lusa.
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