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Vieira da Silva: “Se a bazuca funcionar, a economia portuguesa vai reagir rapidamente”

O ex-ministro e atual conselheiro da Comissão Europeia sublinha a importância da ajuda exterior para ultrapassar a crise provocada pela pandemia, mas afirma que, no futuro, Portugal deveria “reverter a tendência histórica e não contar apenas com a nossa vocação exterior atlântica e mundial”.
Cristina Bernardo
14 Fevereiro 2021, 12h08

O ex-ministro da Economia, do Trabalho e Segurança Social José António Vieira da Silva destaca, em entrevista ao “Diário de Notícias” (DN) e TSF, a importância da ajuda externa para ultrapassar a crise provocada pela pandemia de Covid-19, mas afirma que, no futuro, Portugal deveria “reverter a tendência histórica e não contar apenas com a nossa vocação exterior atlântica e mundial”.

Sobre as previsões económicas da Comissão Europeia, que apontam para a descida do PIB português em 1,3%, Vieira da Silva refere que as estimativas estarão sempre sujeitas a revisões e, nesse sentido, sublinha que “à medida que o processo de vacinação for avançando à escala global e à europeia muitos dos obstáculos à mobilidade e à atividade turística vão desaparecendo”, havendo por isso a possibilidade de acelerar a recuperação económica.

Em relação à possibilidade de haver uma utilização indevida da bazuca da União Europeia, o ex-ministro esclarece que “a UE tem um conjunto de instrumentos de controlo de usos indevidos que é extremamente poderoso”.”

Se a bazuca funcionar, a economia portuguesa vai reagir rapidamente”, disse o antigo governante ao DN e à rádio do grupo Global Media.

O atual conselheiro da Comissão Europeia avisa ainda que “quem tiver a responsabilidade de uma crise política pagará um preço muito caro”. Referindo-se às eleições autárquicas, o ex-ministro não considera a ideia de adiar as eleições e destaca a resposta “positiva” dos eleitores nas presidenciais “porque não aconteceu a catástrofe de abstenção que alguns previam”.

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