A Virgin Atlantic, companhia aérea do multimilionário Richard Branson, remeteu um pedido de proteção contra falências nos Estados Unidos, avançam os jornais do país. A companhia procura proteção nos termos do capítulo 15 do código de falências dos Estados Unidos, que permite que um devedor estrangeiro proteja ativos instalados no país. O anúncio ocorre pouco mais de um mês depois que a Virgin Atlantic ter anunciado que havia garantido financiamento para sobreviver por mais 18 meses recorrendo aos bolsos dos acionistas privados.
A Virgin Atlantic voa apenas em rotas internacionais de longo curso e suspendeu voos em abril devido à pandemia de coronavírus. A companhia adiantou que as reservas caíram 89% no final do primeiro semestre deste ano em relação ao ano anterior e a procura para o segundo semestre é de aproximadamente 25% dos níveis de 2019.
O pedido da Virgin Atlantic ao Tribunal de Falências norte-americano (distrito sul de Nova Iorque) revela que a companhia negociou um acordo com as partes interessadas “para uma recapitalização consensual” que permita retirar dívida do balanço e “posicionará [a empresa] imediatamente para um crescimento sustentável a longo prazo”.
Esta terça-feira, a companhia aérea também entrou com um processo no Tribunal Superior de Londres, para convocar reuniões de credores afetados para votar um plano de recuperação que será apresentado a 25 de agosto.
Uma porta-voz da Virgin Atlantic, citado pelo jornal ‘TheGuardian’, disse que o plano de reestruturação foi apresentado perante o Tribunal do Reino Unido “para garantir a aprovação de todos os credores relevantes antes da sua implementação”. A Virgin Atlantic disse ao Tribunal que pode ficar sem dinheiro já em setembro se o acordo de reestruturação não for aprovado.
Em julho, a Virgin Atlantic aceitou um acordo de resgate com os seus acionistas e credores no valor de 1,2 mil milhões de libras (1,32 mil milhões de euros), para assegurar o futuro após a pandemia, afirmava em comunicado. O resgate seria proveniente de parceiros privados e eliminava a necessidade de apoio por parte governamental, que já tinha sido procurada por Richard Branson. O resgate deverá estar concluído até ao fim do verão e o dinheiro será distribuído consoante as necessidades da empresa ao longo dos próximos 18 meses.
Entretanto, a companhia aérea, 51% de propriedade de Branson e 49% da companhia aérea americana Delta, fechou sua base em Gatwick e cortou mais de 3.500 empregos para lidar com as consequências da pandemia.
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