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Vista Alegre admite retomar processo de aumento de capital mas afasta próximos meses

Questionado pela Lusa sobre se a Vista Alegre Atlantis (VAA) admite lançar novo aumento de capital em 2019, o presidente do Conselho de Administração (‘chairman’), Nuno Marques, afirmou que “é possível” que seja reiniciado o processo de dispersão em bolsa “no futuro” se a empresa considerar que “todas as condições estão reunidas para tal”.
12 Dezembro 2018, 15h17

O ‘chairman’ da Vista Alegre admitiu hoje reiniciar “no futuro” o processo de aumento de capital, entretanto cancelado, e alargar a dispersão em bolsa, mas afastou a possibilidade de tal vir a acontecer no primeiro trimestre de 2019.

Na terça-feira, a Vista Alegre anunciou que, “em resultado da conjuntura adversa nos mercados internacionais”, o aumento de capital que tinha em curso não se iria concretizar.

Questionado pela Lusa sobre se a Vista Alegre Atlantis (VAA) admite lançar novo aumento de capital em 2019, o presidente do Conselho de Administração (‘chairman’), Nuno Marques, afirmou que “é possível” que seja reiniciado o processo de dispersão em bolsa “no futuro” se a empresa considerar que “todas as condições estão reunidas para tal”.

No entanto, acrescentou que, “neste momento, é prematuro abordar este assunto”, grantindo que, “seguramente, não ocorrerá no primeiro trimestre”.

Relativamente ao impacto do cancelamento, Nuno Marques adiantou que, “ao nível do desenvolvimento da empresa na concretização do seu plano de expansão, não tem impacto relevante dado que todos os projetos de investimento em curso nas diversas fábricas do perímetro da Vista Alegre estão a ser concretizados nos ‘timings’ previstos e têm o seu financiamento assegurado através de capitais próprios e capitais alheios (Portugal 2020 + banca tradicional)”.

No entanto, “ao nível do mercado de capitais, o cancelamento da operação atrasará o incremento do ‘free float’ [dispersão em bolsa], da VAA, assim como a sua inclusão no PSI20”, concluiu.

Em comunicado, na terça-feira, a Vista Alegre adiantou que, “apesar de diversos investidores nacionais e internacionais terem participado no ‘roadshow’ [apresentação] recentemente realizado, em resultado da conjuntura adversa nos mercados internacionais que se tem verificado, a oferta institucional de distribuição de ações da Sociedade não se concretizará”.

O aumento de capital da Vista Alegre tinha arrancado em 29 de novembro, combinado com uma oferta de venda de ações por parte da acionista Visabeira Indústria, com o objetivo de uma dispersão mínima em bolsa de 17,5% da empresa.

“A oferta será lançada com base num intervalo de preços, mínimo e máximo, entre um euro e 1,30 euros, dentro do qual se fixará o preço, a ser determinado no dia 13 de dezembro após o final do período da oferta global”, referiu a marca de cristal e porcelana, por essa altura.

A oferta de distribuição visava “dispersar em bolsa um mínimo de 17,5% do capital social da VAA – Vista Alegre Atlantis através de uma oferta pública de ações dirigida ao público em geral e de uma oferta institucional dirigida a investidores institucionais, compreendendo esta oferta global um aumento do capital social e uma operação de venda pela Visabeira Indústria”.

A operação consistia num aumento do capital social da Vista Alegre “combinado com uma oferta de venda de ações da Vista Alegre por parte da Visabeira Indústria, ambos no contexto de uma oferta pública e de uma oferta institucional”, acrescentava a VAA.

O grupo Visabeira detém 94,14% da Vista Alegre, sendo 90,50% através da Visabeira Indústria.

O ‘free-float’ atual é de 2,46%.

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