Num momento em que a liderança feminina e o empreendedorismo ganham cada vez mais espaço no cenário da língua portuguesa, a empresária brasileira Rijarda Aristóteles emerge como uma figura emblemática de inspiração e transformação.
Fundadora do Clube Mulheres de Negócios e “a alma” por trás do “Conecte-se” – 3º Congresso Global de Mulheres de Negócios em Língua Portuguesa, que acontece em Lisboa, de 7 a 9 de março – ela não só exemplifica pessoalmente a capacidade de liderança feminina, como se posiciona como um pilar de esperança para o desenvolvimento económico e social nos países de língua portuguesa.
No seu evento, focado em sustentabilidade, liderança e liberdade financeira, Aristóteles desafia as narrativas convencionais, provando que o mundo dos negócios não é um domínio exclusivo de um único género, raça ou demografia, apostando na importância crítica da representatividade feminina nos cargos de liderança e fazendo dessa luta um reflexo do seu compromisso com o empoderamento feminino e a igualdade de género.
Escolheu Portugal como seu novo lar, mas só depois de experimentar a França, a Itália, o Reino Unido e outros países europeus. Contados os prós e os contras, em Lisboa ela encontrou não apenas refúgio seguro, mas um terreno fértil para as suas aspirações e ideais.
Viver em Portugal foi uma decisão impulsionada pela busca de qualidade de vida e oportunidades profissionais, mas também revela uma aposta consciente na cultura rica e na abertura dos portugueses às novas ideias e diversidade.
A evolução de Portugal em direção a uma sociedade mais progressista, aberta e inclusiva ecoa na transformação pessoal de Rijarda, que, em terras lusas, encontrou terreno fértil para uma epifania pessoal.
Olhando para os desafios que a xenofobia e outras formas de discriminação apresentam nestes tempos de geografia partilhada, acredita que a educação e o diálogo são as únicas chaves para superar essas barreiras.
O papel das brasileiras e, por extensão, de todas as lusófonas na sociedade portuguesa – outra faceta crucial da sua narrativa comprometida e entusiasmada – define a contribuição indispensável das imigrantes mulheres para o enriquecimento económico e cultural do país.
Até porque, na prática, pelo meio das suas contribuições, são os imigrantes, sobretudo os brasileiros, a assegurar tranquilidade na transformação à envelhecida sociedade portuguesa.
O autor assina esta coluna quinzenal também na qualidade de fundador da Associação Portugal Brasil 200 anos.