Wall Street arranca em alta. Eficácia da vacina contra nova estirpe do vírus ofusca nível do desemprego nos EUA

A bolsa de Nova Iorque arrancou a última sessão desta semana em alta. O sentimento do mercado está a ser impulsionado pelas notícias que dão conta de que a vacina produzida pela Pfizer e pela BioNTech é eficaz perante a nova estirpe da Covid-19, que é apontada como mais contagiosa, no dia em que foi divulgada que a taxa de desemprego nos Estados Unidos se manteve nos 6,7%, em dezembro.

Esta sexta-feira, após o início da negociação, o industrial Dow Jones negociava no verde, embora mantendo-se praticamente inalterada em face ao fecho da véspera, com uma subida ligeira de 0,09%, para 31.069,58 pontos. Já o S&P 500 e o tecnológico Nasdaq registavam ganhos mais acentuados, de 0,43% e 0,69, respectivamente, para 3.820,15 pontos e 13.157,23 pontos.

“A revelação de que a vacina da Pfizer/BioNTech atualmente no mercado se mostrou eficaz nas novas variantes do coronavírus acaba por ofuscar a indicação de que a economia norte-americana destruiu inesperadamente postos de trabalho em dezembro”, assinala o analista de mercados do Millennium bcp, Ramiro Loureiro.

Segundo a “Reuters”, que cita dados oficiais do departamento do emprego norte-americano, no mês de dezembro a economia dos Estados Unidos registou uma perda líquida de 140 mil postos de trabalho, contrariamente às expectativas, que apontavam para uma subida líquida de 71 mil postos de trabalho.

No entanto, foi feita uma revisão em alta do número de novas contratações em novembro, de 245 mil para 336 mil, o que ajuda a explicar que a destruição de postos de trabalho registada em dezembro não afetou a taxa de desemprego, que se manteve nos 6,7%.

As novas medidas restritivas de mobilidade penalizaram o sobretudo o nível de emprego nos setores da restauração, entretenimento e até casinos. No entanto, registou-se um reforço das contratações em armazéns e entregas de produtos, devido a uma maior afluência ao comércio online.

Nas matérias-primas, o barril de Brent negoceia nos 55,35 dólares, depois de subir 1,78%. Nos Estados Unidos, o WTA avança 1,75%, para 51,72 dólares.