[weglot_switcher]

Wall Street começa nova semana com velhos sentimentos

Nos próximos dias a volatilidade deverá continuar presente. Não esquecer que os dados do emprego vão ser divulgados na quinta-feira, dado que sexta-feira é 4 de Julho, feriado nos EUA.
29 Junho 2020, 14h16

No início de uma semana com algumas particularidades interessantes, o sentimento dos investidores pouco difere daquele que tem sido o dominante nas últimas semanas: incerteza mas com uma ligeira tendência positiva.

A causa é simples. Depois dos non-farm payrolls de Maio terem desencadeado uma onda de optimismo quanto à possibilidade de uma recuperação em V da economia e do mercado de trabalho norte-americano, os sucessivos avisos deixados por membros da Reserva Federal (Fed) e por alguns nomes importantes do sector dos fundos de investimento, aliados aos números que têm sido reportados sobre um aumento significativo de novos casos de Covid-19 nos EUA, vieram arrefecer o optimismo e criar um limbo no sentimento. A isto acresce a falta de força que a pressão vendedora tem tido, com a excepção de um ou outro dia.

O facto de o S&P 500 ter encerrado sexta-feira em mínimos de cinco semanas é um dado pouco relevante porque, na realidade, continua a cerca de 10% de novos máximos históricos – o que tem acontecido é um ziguezague típico de zonas de indecisão ou de consolidação.

Nos próximos dias a volatilidade deverá continuar presente, com o final do mês, que é igualmente final de trimestre e de semestre, assim como os dados do emprego que irão sair na quinta-feira, dado que sexta-feira é 4 de Julho, feriado nos EUA.

Os analistas prevêem uma continuação da recuperação dos non-farm payrolls com mais 3 milhões de empregos criados, acima dos 2,5 milhões do mês anterior, um número que se desapontar poderá espoletar uma onda de vendas na próxima semana. A ocorrer uma surpresa pela positiva, os Touros poderão ter o catalisador que procuram para encostar os índices norte-americanos mais perto de novos máximos.

Igualmente importante será a participação de alguns membros da Fed, como é o caso de Jerome Powell, amanhã, no House Financial Services Committee, onde poderá iluminar um pouco mais o caminho dos eventuais futuros estímulos do banco central. No mercado cambial, o euro domina com uma valorização de 0,5% para 1,128 dólares, enquanto a libra esterlina cede -0,2% para 1,2314 dólares no dia em que o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, prometeu uma onda de investimentos em infra-estruturas e aquisição de competências para o mercado laboral.

O gráfico de hoje é do S&P500, o time-frame é de 4 horas.

 

 

O principal índice accionista está dentro de dois canais descendentes, um de menor prazo (laranja), que se for quebrado em baixa poderá indiciar um teste da linha inferior do canal maior (azul).

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.