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Wall Street em baixa e ressente-se do novo vírus da China

A Comissão Nacional de Saúde da China confirmou que coronavírus é transmissível entre humanos, tendo o vírus chegado aos maiores centros urbanos chineses, incluindo a capital, Pequim, a cidade de Shanghai. A situação está a ter impacto particularmente nos títulos das companhias aéreas e nos operadores de casinos e hóteis norte-americanos. Previsões do Fundo Monetário Internacional sobre o crescimento da economia mundial e nos Estados Unidos também estão a pesar no sentimento dos investidores.
A trader works on the floor of the New York Stock Exchange (NYSE) shortly after the opening bell in New York, U.S., January 5, 2017. REUTERS/Lucas Jackson
21 Janeiro 2020, 15h24

A sessão de abertura da bolsa de Nova Iorque está a ser marcada pelas quedas dos três principais índices de Wall Street. Na China rebentou um novo vírus que já afetou cerca de 300 pessoas e causou a morte de outras seis. A situação é particularmente alarmante uma vez que estamos em período de entrada no novo ano chinês, com muitos cidadãos originários a República Popular da China a regressar a casa para passarem um curto período e participar nas celebrações.

Esta terça-feira, o S&P 500 perde 0,19% 3.319,23 pontos; o tecnológico Nasdaq cede 0,30%, para 9.361,23 pontos; e o industrial Dow Jones cai 0,19%, para 29.291,60 pontos.

Na segunda-feira, a Comissão Nacional de Saúde da China confirmou que coronavírus é transmissível entre humanos, tendo o vírus chegado aos maiores centros urbanos chineses, incluindo a capital, Pequim, e a cidade de Shanghai. Em comunicado à televisão estatal, a Comissão Nacional de Saúde comprovou a existência deste novo tipo de pneumonia viral que é transmissível entre humanos.

O vírus foi identificado no final do ano passado e o surto terá começado no mercado de produtos alimentares marítimos. O vírus já se espalhou, tendo sido reportados dois casos na Tailândia, um caso na Coreia do Sul, Japão e Taiwan.

A situação está a ter impacto particularmente em títulos das companhias aéreas norte-americanas. A Delta Airlines perde 1,47%, a United Airlines desvaloriza 2,58% e a American Airlines cai 2,44%.

Também as operadores de casinos e hóteis com forte presença no mercado chinês estão a registar perdas. O Las Vegas Sand Corp tomba mais de 4%, enquanto a Wynn Resorts ‘escorrega’ mais de 5%.

A nível macroeconómico, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa, na segunda-feira – dia em que Wall Stree esteve encerrada por ser feriado nos Estados Unidos – o crescimento da economia mundial para 3,3% em 2020.

A instituição liderada por Kristalina Georgieva, referiu que “a revisão em baixa reflete principalmente surpresas negativas sobre a atividade económica em algumas economias dos mercados emergentes, principalmente a Índia, o que levou a uma revisão das projeções económicas para os próximos dois anos”.

O FMI também se pronunciou sobre o desempenho da economia norte-americana para este ano, projetando que cresça 2%, abaixo dos 2,3% previstos para 2019.

Os três principais índices da bolsa de Nova Iorque renovaram máximos na semana passada, impulsionados pela celebração do acordo de ‘primeira fase’ entre os Estados Unidos e a China, assim como um bom início de mais uma época de resultados das cotadas norte-americanas – especialmente o setor da banca. No entanto, o secretário do Tesouro norte-americano, Steve Mnuchin, em declarações ao “The Wall Street Journal”, disse que a segunda fase do acordo comercial entre as duas maiores potências económicas mundiais não iria retirar todas as tarifas existentes.

Nas matérias-primas,o barril de Brent perde 0,61% em Londres, e está a negociar nos 64,80 dólares. Nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate perde 0,30%, para 58,36 dólares.

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