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Wall Street ganha terreno após ultrapassar sequência de quatro semanas de perdas

A Tesla subiu 11,9%, o maior ganho entre as ações do S&P 500. Wall Street recupera fortemente com esperanças de tarifas mais moderadas.
Traders work on the floor of the New York Stock Exchange (NYSE) shortly after the opening bell in New York, U.S., January 5, 2017. REUTERS/Lucas Jackson
24 Março 2025, 21h13

As ações fecharam em alta na segunda-feira, por entre esperanças em Wall Street de que a administração Trump possa adotar uma abordagem mais direcionada, à medida que prepara uma nova ronda de tarifas sobre produtos importados na próxima semana.

O S&P 500 subiu 1,76% para os 5.767,57 pontos. Já o Nasdaq Composite ganhou 2,27% para 18.188,54 pontos e o Dow Jones valorizou 1,42% para 42.583,32 pontos.

As ações de tecnologia ajudaram a liderar o caminho. O sector tem sido a força motriz por detrás de grande parte do movimento mais amplo dos mercados, seja para cima ou para baixo. As ações estão entre as mais valiosas de Wall Street e tendem a ter um impacto descomunal na direção do mercado em geral.

A Nvidia subiu 3,2% e a Apple acrescentou 1,1%.

A Tesla subiu 11,9%, o maior ganho entre as ações do S&P 500. A fabricante de veículos elétricos está ainda a cair cerca de 31% no ano. A empresa tem lutado contra as preocupações de que os clientes estão desanimados com os esforços do CEO, Elon Musk, para cortar nas despesas por parte do governo dos EUA.

A Azek Co. saltou 17,3% depois de a empresa de materiais de construção ter anunciado que estava a ser comprada pela australiana James Hardie Industries num negócio em dinheiro e ações avaliado em cerca de 8,75 mil milhões de dólares.

De resto a subida de hoje dos mercados de Wall Street é atribuída ao facto de a Casa Branca indicar que o presidente Donald Trump estava a pensar impor tarifas menos drásticas nas próxima semana.

“Poderei conceder isenções a muitos países”, disse esta tarde o presidente dos EUA.

“O mercado estava preparado para responder bem se a administração recuasse em algumas das ameaças tarifárias ou mesmo proporcionasse saídas para as tensões, e é mais ou menos isso que estamos a ver aqui”, dizem os analistas.

O dia 2 de abril é agora o foco das atenções, com Trump a chamar-lhe “Dia da Libertação” enquanto se prepara para revelar uma série de medidas “recíprocas” — impondo tarifas a outros países iguais às aplicadas aos Estados Unidos.

Trump adiantou também que alguns setores podem ficar de fora destas sanções. Quem não se escapa é o automóvel.

No mercado obrigacionista, os rendimentos dos títulos do Tesouro subiram. O rendimento do Tesouro a 10 anos subiu de 4,25% para 4,34% na sexta-feira.

Os recentes relatórios económicos mostraram que a economia subjacente continua forte, mas que os consumidores estão a tornar-se mais preocupados e cautelosos. A inflação persistente gerou mais cautela por parte da Fed.

A guerra comercial dos EUA com os seus principais parceiros comerciais ameaça reacender a inflação e a Fed está a adiar novos cortes nas taxas de juro para ver como reagem a inflação e a economia em geral.

As taxas de juro mais baixas podem aliviar os custos dos empréstimos e ajudar a impulsionar a economia, mas também podem aumentar a inflação.

Nos restantes mercados, o petróleo Brent sobe 1,23% (73,05dólares), o crude WTI avança 1,27% para 69,15 dólares.

O euro desvalorizou 0,10% (1,0803 dólares).

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