As ações fecharam em alta na segunda-feira, por entre esperanças em Wall Street de que a administração Trump possa adotar uma abordagem mais direcionada, à medida que prepara uma nova ronda de tarifas sobre produtos importados na próxima semana.
O S&P 500 subiu 1,76% para os 5.767,57 pontos. Já o Nasdaq Composite ganhou 2,27% para 18.188,54 pontos e o Dow Jones valorizou 1,42% para 42.583,32 pontos.
As ações de tecnologia ajudaram a liderar o caminho. O sector tem sido a força motriz por detrás de grande parte do movimento mais amplo dos mercados, seja para cima ou para baixo. As ações estão entre as mais valiosas de Wall Street e tendem a ter um impacto descomunal na direção do mercado em geral.
A Nvidia subiu 3,2% e a Apple acrescentou 1,1%.
A Tesla subiu 11,9%, o maior ganho entre as ações do S&P 500. A fabricante de veículos elétricos está ainda a cair cerca de 31% no ano. A empresa tem lutado contra as preocupações de que os clientes estão desanimados com os esforços do CEO, Elon Musk, para cortar nas despesas por parte do governo dos EUA.
A Azek Co. saltou 17,3% depois de a empresa de materiais de construção ter anunciado que estava a ser comprada pela australiana James Hardie Industries num negócio em dinheiro e ações avaliado em cerca de 8,75 mil milhões de dólares.
De resto a subida de hoje dos mercados de Wall Street é atribuída ao facto de a Casa Branca indicar que o presidente Donald Trump estava a pensar impor tarifas menos drásticas nas próxima semana.
“Poderei conceder isenções a muitos países”, disse esta tarde o presidente dos EUA.
“O mercado estava preparado para responder bem se a administração recuasse em algumas das ameaças tarifárias ou mesmo proporcionasse saídas para as tensões, e é mais ou menos isso que estamos a ver aqui”, dizem os analistas.
O dia 2 de abril é agora o foco das atenções, com Trump a chamar-lhe “Dia da Libertação” enquanto se prepara para revelar uma série de medidas “recíprocas” — impondo tarifas a outros países iguais às aplicadas aos Estados Unidos.
Trump adiantou também que alguns setores podem ficar de fora destas sanções. Quem não se escapa é o automóvel.
No mercado obrigacionista, os rendimentos dos títulos do Tesouro subiram. O rendimento do Tesouro a 10 anos subiu de 4,25% para 4,34% na sexta-feira.
Os recentes relatórios económicos mostraram que a economia subjacente continua forte, mas que os consumidores estão a tornar-se mais preocupados e cautelosos. A inflação persistente gerou mais cautela por parte da Fed.
A guerra comercial dos EUA com os seus principais parceiros comerciais ameaça reacender a inflação e a Fed está a adiar novos cortes nas taxas de juro para ver como reagem a inflação e a economia em geral.
As taxas de juro mais baixas podem aliviar os custos dos empréstimos e ajudar a impulsionar a economia, mas também podem aumentar a inflação.
Nos restantes mercados, o petróleo Brent sobe 1,23% (73,05dólares), o crude WTI avança 1,27% para 69,15 dólares.
O euro desvalorizou 0,10% (1,0803 dólares).
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