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Wall Street não consegue fechar em alta generalizada

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que o país está “em boa forma” para lidar com o coronavírus. A NYSE fechou mista.
  • Brendan McDermid / Reuters
26 Fevereiro 2020, 21h27

Wall Street falhou a sua tentativa de recuperação e fechou com sinais mistos depois de cair mais de 6% nas duas primeiras sessões da semana. Os investidores ainda estão a olhar para a expansão do coronavírus chinês em todo o mundo.

O Dow Jones caiu 0,46% para 26.957,59 pontos, o Nasdaq subiu 0,44% para 8.873,76 pontos e o S&P também fechou em queda de 0,38% para 3.116,39 pontos.

Embora as autoridades de saúde insistam em divulgar uma mensagem de calma, o mercado está a descontar que o seu efeito na economia global possa ser maior do que o inicialmente esperado por especialistas.

A epidemia apresenta riscos para os investidores em ações. Pois o coronavírus terá um impacto negativo no crescimento económico de curto prazo, e as empresas mais cíclicas e alavancadas poderão enfrentar maior pressão do que aquelas com crescimento de ganhos impulsionado por fatores estruturais.

Os Estados Unidos acreditam que é inevitável que o Covid-19 acabe cruzando fronteiras. “Não se trata de saber se sim. É uma questão de quando e quantas pessoas serão infectadas”, disse a Dra. Anne Schuchat, vice-diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

No caso das empresas o destaque vai para a Disney. A empresa dona do Rato Mickey caiu 3,8% após a notícia da renúncia de Bob Iger como CEO, embora vá permanecer como CEO até 2021. O seu substituto será Bob Chapek.

Noutros mercados, o crude West Texas cai 2,2%, para 48,79 dólares, enquanto o mercado continua a descontar a menor procura mundial devido ao coronavírus. Por seu lado, a onça de ouro foi negociada a 1,649 dólares, após marcar no máximo sete anos na segunda-feira de cerca de 1,700 dólares.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que o país está “em boa forma” para lidar com o coronavírus. No Twitter, o presidente americano anunciou uma entrevista coletiva para as 18 horas (20h, no horário de Brasília) para falar sobre o coronavírus e acusou a imprensa de tentar tornar a epidemia pior do que ela é. “Fazem tudo que podem para que o coronavírus pareça o pior possível, criando pânico nos mercados”, disse.

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