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Wall Street sem tendência à espera de novidades sobre acordo comercial

Espera-se que os líderes dos dois países, Donald Trump e Xi Jiping, se reúnam este mês para selar um acordo comercial. O encontro poderá realizar-se no dia 27 de março e confirmaria o fim das negociações, que culminariam num acordo comercial.
Reuters
6 Março 2019, 15h18

Os três principais índices de Nova Iorque abriram a sessão desta quarta-feira sem grandes alterações em relação à véspera. Após o toque do sino de abertura às 09h30, em Nova Iorque (14h30 em Portugal), o Dow Jones registava ligeiros ganhos (+0,05%), o Nasdaq não apresentava variação e o S&P caía ligeiramente (-0,02%).

No entanto, cerca de meia hora após a abertura, os três índices estavam a registar perdas. Assim, o S&P está a recuar 0,21%, para 2.783,72 pontos; o Nasdaq cede 0,14%, para 7.146,88 pontos; e o Dow Jones perde 0,04%, para 25.795,65 pontos.

A ausência de notícias de relevo estão a fazer com que os índices não estejam a sofrer grandes alterações em relação ao desempenho da véspera, terça-feira.

Os investidores continuam centrados na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse, no início da semana, que as duas maiores potências económicas do mundo estão próximas de um acordo.

Espera-se que os líderes dos dois países, Donald Trump e Xi Jiping, se reúnam este mês para selar um acordo comercial. O encontro poderá realizar-se no dia 27 de março e confirmaria o fim das negociações, que culminariam num acordo comercial.

Em termos macro-económicos, a consultora ADP divulgou a evolução do mercado de trabalho norte-americano. Em fevereiro, foram criados 183 mil empregos, um número inferior ao estimado, que previa a criação de 189 mil postos de trabalho.

Em dezembro, o déficit da balança comercial norte-americana aumentou para 58,9 mil milhões de dólares, mil milhões acima das estimativas. Em 2018, o déficit fixou-se nos 621 mil milhões, a maior diferença entre as exportações e importações desde 2008.

O déficit comercial com a China atingiu um novo máximo de 419 mil milhões de dólares, um aumento de 12% em relação ao 2017.

Recorde-se que a guerra comercial entre os EUA e a China teve origem, precisamente, na balança de pagamentos dos EUA em relação à China, por esta exportar para o mercado norte-americano muito mais do que os americanos exportam para o mercado chinês.

Nas empresas, destaque para a queda de 7% da General Electric depois de uma nota do banco JPMorgan ter mantido o preço das ações da empresa nos 6 dólares.

Também a empresa conhecida por “Tesla da China”, a NIO estão a cair quase 15%. Segundo Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millennium bcp, dá conta que o Bank of America Merril Lynch cortou o preço-alvo das acções do oito dólares para 6,5, recomendando a vendas das ações. “A justificar a revisão estão as estimativas de entregas de veículos por parte da empresa e a concorrência da Tesla, que decidiu baixar o preço do Model 3”, escreveu o analista. “A NIO garantiu que não vai acompanhar a política de preços da Tesla”.

Nas matérias-primas, o preço do petróleo está a cair em Londres e nos EUA. Na Europa, o Brent, cede 0,80% para 65,53 dólares, enquanto o West Texas Intermediate caí 1,68%, para 55,61 dólares.

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