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Web Summit: 20 terabytes de downloads

Estima-se que o impacto económico da cimeira ronde os 200 milhões de euros, incluindo gastos dos visitantes estrangeiros em hotéis, deslocações e refeições.
Foto: Cristina Bernardo
11 Novembro 2016, 06h51

A Web Summit, já considerada o maior evento de empreendedorismo, tecnologia e inovação do mundo, trouxe a Portugal perto de 53 mil participantes, vindos de 167 países.

Primeiro dia
Paddy Cosgrave teve honras de abertura da cimeira. Seguiu-se o primeiro-ministro, António Costa, que deixou o apelo: “Quero que lembrem Portugal como um país dinâmico, progressista e aberto aos negócios.” Durão Barroso, atual presidente do Goldman Sachs, também pisou o palco no primeiro dia da Web Summit, para participar no painel ‘New Realities’, que contou ainda com a presença de Mogens Lykketoft, líder da Assembleia Geral das Nações Unidas, e Roberto Azevêdo, diretor-geral da World Trade Organization, sob a moderação de Tom Nuttall, da revista “The Economist”. Após intervenção do ator Joseph Gordon-Levitt, António Costa regressou, na companhia do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, do secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, e de dezenas de empreendedores portugueses que encheram o palco.

Segundo dia
Entre as diversas intervenções que ocorreram nos diferentes palcos da Web Summit, destacou-se, no segundo dia, o anúncio de um novo fundo de investimento de mais de mil milhões de euros para apoiar o crescimento das empresas na Europa, feito por Carlos Moedas, comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação. Este dia ficou também marcado pelo início da competição ‘Pitch’, em que participaram 200 ‘startups’, 31 destas portuguesas. Destaque ainda para as intervenções de Mike Schroepfer, Chief Technology Officer do Facebook, sobre os próximos dez anos da rede social, de Carlos Ghosn, CEO do grupo Renault-Nissan, que falou sobre os obstáculos à condução autónoma, e de José Neves, CEO da Farfetch, a única empresa portuguesa avaliada em mais de mil milhões de dólares, que desmentiu a entrada da Farfetch em bolsa, avançada pela Bloomberg. Neste dia, a organização revelou que as ‘fintech’ – empresas financeiras de cariz tecnológico – foram as que mais pedidos de reuniões receberam.

Terceiro dia
A cimeira tecnológica coincidiu com a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, que assumiu protagonismo também na Web Summit. Shailene Woodley, atriz e ativista norte-americana, Bradley Tusk, fundador e CEO da Tusk Holdings, Owen Jones, do jornal The Guardian e David Patrikarakos, do site Daily Beast, discutiram o papel do novo presidente no mundo digital. O astronauta Mike Massimino e Naveen Jain, fundador da empresa Moon Express, que ganhou, este ano, a primeira concessão privada para explorar a lua, falaram sobre os limites da exploração espacial e Sean Rad, co-fundador e CEO da Tinder, revelou que a app de encontros é responsável por um milhão de encontros semanais. Foi ainda neste dia que a organização da cimeira informou que os bilhetes de 300 euros para a edição do próximo ano já esgotaram.

Quarto dia
O último dia do evento foi dia não só de balanço, mas de previsões para o próximo ano. Paddy Cosgrave falou no “enorme estímulo económico para Lisboa”, sem revelar números, pois o impacto real só pode ser apurado dentro de alguns anos. Cosgrave elogiou as infraestruturas da capital e revelou a intenção de alargar o evento em 2017, em espaço e em participantes, até 80 mil pessoas. À agência Lusa, fez o balanço em três palavras: “Eu adoro Lisboa”. Foi também no último dia que Marcelo Rebelo de Sousa visitou a Web Summit. O Presidente também só precisou de três palavras: “gratidão, felicidade e crença”.

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