Empreendedores, investidores, patrocinadores e jornalistas aguardam o regresso da Web Summit, mas pouco mais sabe sobre como irá decorrer além de que terá uma vertente online e uma presencial, em Lisboa. As novidades começaram a chegar há cerca de uma semana, quando o CEO, Paddy Cosgrave, anunciou no Twitter que este megaevento iria manter-se na capital portuguesa este ano, confirmando que a pandemia não iria abalar a cimeira e despertando o ‘bichinho’ entre os participantes habituais.
Até que ontem a organização informou que a Web Summit iria ser adiada um mês – ou seja, em vez de acontecer em novembro, passa para o último mês do ano (entre os dias 2 e 4 de dezembro) – num formato misto, de pés assentes na FIL e Altice Arena e através de videoconferências. Interroga-se o leitor: quantas pessoas estarão no Parque das Nações? Quais as medidas de segurança para evitar focos de contágio? Só estarão definidas daqui a quatro meses e serão revistas todas as semanas, consoante as recomendações da Direção-Geral de Saúde (DGS) que estiverem em vigor nessa altura, até porque as negociações entre a organização e o Governo ainda decorrem. O Jornal Económico questionou a DGS sobre se está a preparar um documento com orientações específicas para o evento mas não obteve resposta até à publicação deste artigo.
E se no Collision From Home (conferência-irmã da Web Summit) todos os painéis, transmitidos por streaming, se dividiram em gravações na sala, no quarto ou na biblioteca dos oradores, o mesmo não deverá acontecer em Portugal. Segundo Paddy Cosgrave, a versão digital do evento provavelmente será gravada a partir de outras cidades, entre as quais Porto, Coimbra e Faro, ou mesmo nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
“Fazer alguma coisa em simultâneo por Portugal e mostrar um bocadinho de Portugal ao mundo. Ao longo dos últimos anos, o foco tem sido muito em Lisboa, o que é fantástico para Lisboa, mas acho que o mundo devia saber que há mais de Portugal do que Lisbon. Há ilhas incríveis também. Estamos realmente a pensar nisso”, afirmou Paddy Cosgrave, em conferência de imprensa, na qual explicou ainda que, pela primeira vez, haverá um palco chamado “Portugal” e um canal dedicado a entrevistas a empresários e fundadores de startups portuguesas ou mesmo investigadores e académicos nacionais. “É muito importante nesta altura, para ajudar a erguer o país”, sublinhou o gestor irlandês. A plataforma de software para essas talks será a mesma que recebeu o Collision from Home.
O tradicional programa “Road2WebSummit”, que resultou de uma parceria entre a Startup Portugal e a Web Summit, também se mantêm e irá atribuir 100 passes para as empresas que forem escolhidas, depois de encontros com o ecossistema por todo o país. Premiados continuarão a ser os estudantes universitários ou recém-licenciados com interesse em trabalhar para startups nacionais ou criar os seus próprios negócios, pois receberão 50 mil entradas. Os passes para estudantes, antigos alunos e funcionários chegarão às universidades de Portugal em setembro, que receberão um número de bilhetes com base na sua dimensão.
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