A alemã Wirecard entrou com um pedido de insolvência, depois do escândalo financeiro que pôs a descoberto um buraco de cerca de 2 mil milhões de euros na empresa liderada por Markus Braun, que foi detido esta semana. A Wirecard é a primeira empresa do índice da bolsa de Frankfurt, o Dax, a falir.
As ações da Wirecard foram suspensas pela bolsa de Frankfurt antes que o pedido de insolvência fosse conhecido. A Wirecard caiu 90% no mercado de ações desde que o auditor da EY se recusou a assinar e a aceitar as contas de 2019 na semana passada, o que levou à demissão do presidente executivo da entidade, Markus Braun.
A Wirecard, num comunicado de dois parágrafos que está a ser citado na imprensa internacional, diz que a sua nova administração decidiu pedir a insolvência num tribunal de Munique “por causa da insolvência iminente e do endividamento excessivo”. O comunicado fala da possibilidade, em avaliação, de o pedido de insolvência se estender às suas subsidiárias.
A falência da Wirecard ocorre apenas dois anos depois de integrar o índice alemão Dax. Com uma capitalização de 28 mil milhões de dólares.
Esta semana também a instituição financeira admitiu que os cerca de 2 mil milhões de euros que tinha registados como ativos, e que a auditora EY tinha dado como desaparecidos, provavelmente nunca existiram.
O ministério público de Munique está a investigar Braun por suspeita de falsificação de contas e manipulação de mercado.
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