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Xi Jinping, o novo Imperador da China

O que o núcleo duro de Xi Jinping pretende é que deixe de haver qualquer limitação temporal de mandato aos políticos que ocupam o cargo de presidente da China.
25 Fevereiro 2018, 17h44

Xi Jinping, atual presidente da República Popular da China, está à beira de reforçar o seu poder colossal e deverá transformar-se no novo Imperador da China, agora no século XXI.

Conforme avança hoje a BBC, tudo isto deverá ser concretizado se o Partido Comunista Chinês aprovar, como se espera, uma alteração aos estatutos que até agora impunha um limite máximo de dois mandatos, de cinco anos cada, ao líder máximo que for escolhido para liderar os destinos da nação.

O que o núcleo duro de Xi Jinping pretende é que deixe de haver qualquer limitação temporal de mandato aos políticos que ocupam o cargo de presidente da China.

Isto significa que os titulares da presidência chinesa só poderão ser afastados por morte, doença de força maior, por resignação do próprio ou por algum outro motivo que seja considerado suficientemente justificativo para o seu afastamento do cargo pelo Comité Central do Partido Comunista Chinês.

Na parte final do seu segundo mandato, mas sem adversários que não tenham sido afastados ou que tenham disponibilidade para apresentar-se na corrida, Xi Jinping, que é já um dos mais poderosos presidentes chineses das últimas décadas, prepara-se, assim, para reforçar a sua esfera de influência, sem fim à vista.

A maior parte dos analistas políticos internacionais já considera que Xi Jinping já é o maior líder chinês desde Mao Tse Tung, mas o atual presidente chinês parece que ainda está longe do final deste caminho.

Nascido em 1953, com 65 anos de idade, Xi Jinping é filho de um dos fundadores do Partido Comunista Chinês.

Xi Jinping ingressou no partido em 1974, tendo subido de forma paulatina na escadaria do poder do Partido Comunista Chinês, até chegar à sua presidência, em 2003, com 50 anos de idade.

Na presidência de Xi Jinping tem-se assistido à reforma económica na China e a uma firme campanha contra a corrupção, mas também a aspetos negativos, como a ressurgência do nacionalismo e a acusações consecutivas de desrespeito constante dos direitos humanos.

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