O grande player chinês no mercado de smartphones (e não só) ganhou espaço em Portugal no ano de 2024 e quer voltar a fazê-lo em 2025. Este domingo, apresentou uma nova gama de produtos, com grande foco na fotografia e na ligação à distância entre dispositivos, que vai possibilitar pôr um robô aspirador a trabalhar através do relógio.
A Xiaomi viu o número de smartphones vendidos no ano passado aumentar 16% em Portugal, acima do total global da marca (15%), enquanto a quota no mercado nacional subiu para 14%, o que faz da marca o terceiro maior vendedor, atrás de Apple e Samsung. Note-se que, a nível global, a Xiaomi irá investir em 2025 um total de 30 billion RMBs em Investigação e Desenvolvimento. Este investimento traduz-se em 3,6 mil milhões de euros de investimento em Investigação e Desenvolvimento a nível global em 2025.
À conversa com o Jornal Económico (JE), Tiago Flores, country director da Xiaomi Portugal, aponta a 2025 com uma expetativa de “crescimento acima do mercado”, tal como sublinha já ter acontecido em 2024. Ainda, assim prefere não referir números concretos.
No que diz respeito a receitas com dispositivos que não são smartphones, houve um crescimento de 50%, em virtude do “aumento do portfólio” de produtos, salienta. Neste capítulo, a visão do responsável passa por repetir, em 2025, o crescimento de 50% registado no ano passado.
Em causa está toda uma gama de dispositivos que vai desde tablets, smartwatches e fones até equipamentos destinados às casas dos consumidores, como é o caso de televisões, scooters ou robôs aspiradores.
Ora, os robôs aspiradores e robôs de cozinha, por exemplo, podem estar conectados à internet e vão passar a poder ser controlados à distância, através do smartphone ou smartwatch. Isto permitirá que iniciem as suas funções sem que o utilizador esteja por perto.
Tudo somado, a Xiaomi quer ver um peso cada vez maior da receita decorrente das vendas daqueles produtos no total da faturação da marca, até que atinjam os valores envolvidos nas vendas de smartphones.
“O nosso caminho é termos uma receita divida em 50/50, entre smartphones e o restante ecossistema”, diz Tiago Flores.
Geração 15 já foi lançada no mercado e promete “experiência premium”
A Xiaomi lançou este domingo, em Barcelona (Espanha), a nova geração de smartphones, tablets, smartwatches e fones. O Xiaomi 15 e o Xiaomi 15 Ultra chegaram ao mercado acompanhados pelos novos tablets, smartwatches e fones, sendo que o foco da empresa está não apenas na ligação existente entre os dispositivos da marca, como também na vertente de fotografia.
A Xiaomi procura oferecer o cliente uma “experiência premium” e, para isso, mantém a parceria com a Leica, conceituada marca de câmaras fotográficas, que já vem da geração anterior. O propósito passa por melhorar a qualidade das câmaras que fazem parte dos smartphones, fazendo do modelo ultra “o expoente máximo da fotografia”, nas palavras do próprio Tiago Flores.
Mercado automóvel: por enquanto, só na China
Na China, a Xiaomi continua a desenvolver automóveis mas, por enquanto, estes continuam a ser vendidos exclusivamente na China. Chegar a outros mercados é um objetivo da empresa ainda que sem planos concretos, até ao momento.
Nota de redação: O JE referiu de forma errónea que o investimento da Xiaomi em Portugal vai atingir os 30 milhões de euros em 2025. A Xiaomi esclareceu que a nível global irá investir em 2025 um total de 30 billion RMBs em Investigação e Desenvolvimento. Este investimento traduz-se em 3,6 mil milhões de euros de investimento em Investigação e Desenvolvimento a nível global em 2025. Não é um investimento direto da marca em Portugal
Atualizada às 11h11
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