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Zuckerberg reúne-se hoje com Comissão Europeia para avaliar regulação do Facebook

O presidente da empresa tecnológica apresentou como hipótese a criação de um sistema semelhante aos utilizados nas indústrias de telecomunicações e meios de comunicação para as redes sociais. Mark Zuckerberg apontou que o Facebook melhorou o seu trabalho relativamente à regulação, durante os últimos anos.
17 Fevereiro 2020, 11h11

O fundador da rede social Facebook, Mark Zuckerberg, vai reunir-se hoje, 17 de fevereiro, com a Comissão Europeia para que esta analise como a plataforma procede ao tratamento de dados dos seus utilizadores, uma vez que as notícias que dão conta de fugas de informação através de hacking se têm multiplicado nos últimos tempos.

Margrethe Vestager está a analisar as várias entidades, como a Amazon, Google e Facebook, para verificar como estas procedem à salvaguarda dos dados de utilizadores. A vice-presidente da comissão vai questionar Zuckerberg sobre como é que as empresas recolhem dados através de terceiros para desenvolver os seus produtos.

A comissária da concorrência e do digital vai unir-se a Thierry Breton, comissário do mercado interno, para pedirem e partilharem detalhes sobre o mercado único digital, que está projetado para impulsionar as empresas europeias.

Este fim de semana, Zuckerberg marcou presença em Munique, para abordar o tema da segurança inserido em tecnologia. O fundador do Facebook chegou à Europa uns dias antes de apresentar o seu plano de controlo dos gigantes tecnológicos dos EUA e da China.

O presidente da empresa tecnológica apresentou como hipótese a criação de um sistema semelhante aos utilizados nas indústrias de telecomunicações e meios de comunicação para as redes sociais. Mark Zuckerberg apontou que o Facebook melhorou o seu trabalho relativamente à regulação.

“Acho que deveria haver regulação sobre o conteúdo prejudicial. Neste momento, existem duas estruturas que eu acho que as pessoas têm para as indústrias existentes, como por exemplo média e telecomunicações, em que os dados circulam através das pessoas, mas nestes casos não se responsabiliza uma empresa de telecomunicações se for dito algo prejudicial numa chamada telefónica”.

Desta forma, Zuckerberg apontou que a regulação do Facebook deve estar entre um meio de comunicação e uma empresa de telecomunicações. Assim, o presidente da rede social defende que a empresa pague mais tributações fora dos EUA. “Aceitamos que [as reformas] possam significar que tenhamos de pagar mais impostos e pagá-los em diferentes lugares sob uma nova estrutura”, assumiu Zuckerberg.

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