Código de Ética e Livro de Estilo
Livro de Estilo
Um guia para os nossos jornalistas e um exercício de transparência perante os leitores O Jornal Económico nasceu em setembro de 2016, como uma evolução do jornal OJE, cuja equipa foi reforçada por várias dezenas de profissionais vindos de outros meios de comunicação, incluindo o extinto “Diário Económico”. O legado destas publicações
com uma longa tradição na imprensa económica portuguesa faz parte do nosso ADN, bem como os princípios e os valores necessários para que possamos fazer jornalismo independente e de qualidade.
Hoje, o nosso jornal é muito mais do que um semanário. Somos uma publicação multiplataforma especializada em informação económica e financeira, que tem como públicos-alvo investidores, empreendedores, gestores, profissionais liberais, universitários e todos os leitores que se interessam por temas de economia. Temos
uma edição semanal premium (nos suportes papel e digital), uma edição diária online gratuita, uma plataforma multimédia (JE TV), vários sites satélite (Económico Madeira, Económico Cabo Verde, Economize, Start Up Magazine , Energia & Ambiente, JE China e Educação Internacional) e uma oferta diversificada de newsletters. Somos um jornal com uma edição em suporte físico, mas que já nasceu com uma estratégia pós-papel.
Acreditamos que o sucesso deste projeto dependerá da credibilidade do Jornal Económico como meio de informação. Só assim conseguiremos fidelizar os nossos leitores, criando condições para a monetização dos nossos conteúdos, atrair investimento publicitário e gerar novas fontes de receita, assegurando a sustentabilidade económica e financeira do projeto. A credibilidade é, de resto, fundamental para nos conseguirmos diferenciar num mercado que é disputado por vários meios especializados, para além dos generalistas que também oferecem conteúdos na área económica. Esta diferenciação tem sido feita evitando o sensacionalismo e o enviesamento (ideológico ou outro) na linha editorial, bem como procurando ir ao encontro das necessidades efetivas dos nossos leitores, oferecendo- lhes aquilo que não encontram na nossa concorrência.
A credibilidade constrói-se com o respeito pelos princípios deontológicos do jornalismo (independência, isenção e rigor) e com uma chinese wall entre as áreas editoriais e comerciais. Um jornal pode ter, idealmente, muitos anunciantes e parceiros, mas o “cliente final” tem de ser sempre o leitor. Só assim o interesse público será defendido e o nosso produto terá valor, incluindo para os próprios anunciantes e parceiros. É esta perspetiva de serviço público e de criação de valor, a prazo e de forma sustentada, que norteia este projeto desde o seu arranque.
Este Manual tem como objetivo sintetizar o nosso posicionamento editorial, princípios e valores organizacionais, bem como clarificar aspetos estilísticos que devem ser seguidos pela redação do Jornal Económico. Esperamos que seja útil sobretudo aos jornalistas que se juntem à nossa equipa, bem como a todos os interessados nestas temáticas.
Constitui, ainda, um exercício de transparência perante os nossos leitores, parceiros e demais stakeholders. Transparência essa que consideramos fundamental, pois o jornalismo de qualidade não se limita a escrutinar os diferentes poderes da sociedade, devendo ele próprio estar disponível para ser escrutinado.
Aceda aqui ao Manual de Estilo do JE, em versão pdf. Este guia estará em permanente discussão e construção, sendo atualizado regularmente.
Lisboa, 19 de julho de 2019,
O Diretor d’O Jornal Económico,
Filipe Alves
Código de Ética
Os profissionais do Jornal Económico estão obrigados a seguir um conjunto de regras de conduta, para além das que estão previstas no Código Deontológico dos Jornalistas.
São as seguintes:
1. Trabalhar com independência, isenção e rigor, buscando a verdade, ouvindo todas as partes atendíveis e confirmando os factos antes de os noticiar.
2. Assumir os erros e fazer a sua imediata correcção perante os leitores de forma transparente.
3. Procurar o equilíbrio e evitar o enviesamento, estabelecendo uma distinção clara entre opinião e notícia.
4. Abster-se de escrever sobre pessoas, acontecimentos ou assuntos que o envolvam a si ou a pessoas próximas, informando a Direcção do Jornal sobre todos os conflitos de interesse que possam existir.
5. Proteger as fontes, salvo nas situações previstas no Código Deontológico dos Jornalistas.
6. Evitar o recurso a fontes anónimas, salvo nas situações em que sejam imprescindíveis para aceder à informação. Nestes casos, o jornalista assume a
responsabilidade pela informação que publica, para todos os efeitos, nomeadamente do foro judicial e/ou penal.
7. Evitar o sensacionalismo.
8. Recusar quaisquer pagamentos em dinheiro por parte de quaisquer entidades que sejam parte interessada, directa ou indirectamente, nas notícias que escreve.
Presentes, brindes e outras ofertas de bens e serviços de valor superior a 100 euros só podem ser recebidas pelos jornalistas com a autorização da Direcção do Jornal, se forem respeitados os limites do bom senso e não colocarem em causa a independência e a isenção do profissional em causa, bem como o bom nome do Jornal Económico.
9. Assumir a autoria de todos os seus trabalhos e não plagiar nem apropriar-se dos trabalhos de terceiros.
10. De forma a evitar conflitos de interesse, não investir em acções ou títulos de dívida de entidades emitentes portuguesas, a não ser que façam parte de fundos de
investimento por si subscritos. Nas situações em que esse investimento já exista, o jornalista deve informar a Direcção e abster-se de qualquer cobertura jornalística que incida directa ou indirectamente sobre as entidades emitentes desses títulos.
11. Guardar sigilo, nos termos da lei, sobre quaisquer informações confidenciais da vida interna do Jornal Económico que digam respeito a trabalhos jornalísticos
planeados ou em curso.
12. Respeitar os colegas, as fontes e todas as pessoas e entidades externas com quem o Jornal Económico se relaciona, agindo com educação, urbanidade e bom senso.