Os três acordos comerciais entre a União Europeia e o México, a Coreia do Sul e o a Suíça, terão tido pouco impacto na produção interna da zona comunitária, uma vez que o aumento das importações deriva sobretudo da substituição das importações de outros países ou de um aumento do consumo na União, segundo um estudo divulgado pela Comissão Europeia, esta segunda-feira.
O estudo, realizado pela Copenhagen Economics para a Comissão Europeia, analisou o impacto das exportações de produtos agroalimentares de três diferentes tipos de acordos comerciais: acordos mais antigos, como o acordo com o México; acordos de comércio livre abrangentes e aprofundados, como o acordo com a Coreia do Sul e acordos setoriais específicos, como os acordos com a Suíça.
A conclusão é que os acordos contribuíram para um aumento do comércio em ambos os sentidos, com um aumento das exportações da UE e das importações de produtos provenientes desses três países, contudo “um aspeto importante é que o estudo sugere que este aumento das importações tem pouco impacto na produção interna da UE. O que reflete sobretudo é uma substituição de importações provenientes de outros países terceiros ou um aumento do consumo na UE”, divulgou a Comissão Europeia em comunicado.
“Os acordos comerciais, quando bem feitos, são bons para os nossos agricultores e produtores de alimentos. Este estudo dá também um contributo importante quanto à forma como podemos continuar a eliminar burocracias desnecessárias e a ultrapassar os obstáculos com que nos deparamos para avançar com as nossas negociações comerciais”, disse a Comissária responsável pelo comércio, Cecilia Malmström.
Segundo a Comissão Europeia, “os três acordos comerciais contribuíram também para que 2016 fosse um ano recorde de exportações agroalimentares da UE”.
Em 2016, o setor agroalimentar representou 7,5 % das exportações totais de mercadorias da UE, sendo 6,6 % de todas as mercadorias importadas produtos agroalimentares.
“Estes três acordos, por si só, permitiram aumentar as exportações de produtos agroalimentares da UE em mais de 1 milhar de milhões de euros e geraram uma valor acrescentado no setor agroalimentar de 600 milhões de euros”, realçou o comissário responsável pela agricultura e pelo desenvolvimento rural, Phil Hogan.
O setor agroalimentar representa quase metade do excedente global da União Europeia no comércio de mercadorias, com o valor de 39,3 mil milhões de euros em 2016.
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